O eterno aprender

O eterno aprender

Tudo está em constante mudança. Para perceber, basta um pequeno exercício de observação no dia a dia. É difícil, por exemplo, acompanhar todas as transformações tecnológicas, os avanços. Quando um celular parece reunir o que há de mais moderno e inovador, chegam as novidades, as atualizações. Não é fácil acompanhar. É preciso, a todo momento, estar ligado, conectado, permanecer em estado de alerta para entender todos esses movimentos.

Mas não é só pela tecnologia que vale a pena estar em constante aprendizado. É também pelo passado, pela história, pelo conhecimento. Sempre acreditei que a educação é a principal base de sustentação de uma sociedade. Também por isso me dediquei por sete anos à Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto, como presidente da Fundação, buscando sempre ampliar o acesso à leitura, à literatura e à educação.

Na feira, compreendi o quanto o conhecimento faz a diferença na vida das pessoas. Pude acompanhar alunos de escolas que visitavam os estandes, que se encantavam pelos livros e despertavam ali, mesmo que em um pequeno momento do dia, para a leitura e o aprendizado. Um prazer que enchia os olhos.

Fato é que sempre fui apaixonada pela busca do conhecimento. Talvez seja esse o motivo de eu ter continuado estudando, mesmo depois de concluir minha primeira faculdade, a de jornalismo, alguns bons anos atrás. Decidi me aventurar pela psicologia, depois pela história da arte, pela gestão em mídias digitais e, em um futuro próximo, pretendo ainda estudar filosofia.

Tenho para mim que quanto mais nos aventuramos em terras desconhecidas, mais a vida ganha cor e significado. É muito prazeroso aprender, se arriscar no desconhecido e agregar conhecimento. Aliás, acredito profundamente que apenas ele é que pode nos proporcionar uma vida mais plena, mais interessante de se viver. Seja conhecendo a si, ao outro, ao mundo.

As opções que fiz e os caminhos que tenho percorrido em busca do conhecimento são apenas algumas escolhas entre um mar de possibilidades que existem por aí. Mesmo com os anos batendo à porta, a iniciativa de continuar a buscar o aprendizado sempre pode nos trazer surpresas e aumentar o prazer da vida.

Para aqueles que acham que o peso da idade pode ser um obstáculo ao aprendizado e à busca por conhecimento, sempre me lembro de Cora Coralina, que realizou o sonho de escrever seu primeiro livro aos 75 anos.
Para mim, essa é uma das maiores provas de que nunca é tarde para aprender, começar e recomeçar. Por isso, voltemos aos estudos. 

Foto: “Lucy Hessel Lendo” de Édouard Vuillard

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