Divisão milionária

Divisão milionária

Em delação premiada à Polícia Federal, na Operação Sevandija, o presidente licenciado do Sindicato dos Servidores Municipais, Wagner Rodrigues (PCdoB), teria revelado um esquema de distribuição milionária dos recursos dos honorários advocatícios pagos pela prefeitura à advogada Maria Zuely Alves Librandi. Tais recursos teriam sido retirados dos trabalhadores credores dos pagamentos dos 28,35%. É claro que a delação nem foi ainda homologada e que, mesmo que venha a ser, carece de comprovação das informações. Pela suposta delação, a prefeita Dárcy Vera (PSD) receberia R$ 4 milhões, Marco Antônio dos Santos, ex-homem forte do governo, outros R$ 2 milhões, e o Sindicato dos Servidores Municipais e um advogado, que não teve o nome revelado, teriam ficado com quase R$ 12 milhões cada. A própria detentora dos direitos aos honorários ficaria com R$ 39 milhões. Todos negam, por meio de seus advogados, qualquer envolvimento em esquema de pagamento de propina, mas as investigações avançam. Não pode se tratar de mera fantasia das autoridades que investigam. Caso tudo se comprove, a Administração Municipal de Ribeirão Preto estará diante de um horrível quadro de promiscuidade, envolvendo uma entidade que deveria proteger os servidores públicos. O odor é horrível, quase insuportável.

PREVARICAÇÃO? 
Na segunda reunião do Conselho de Ética da Câmara Municipal para analisar a continuidade ou não do processo de cassação dos vereadores suspensos, o presidente e relator, Waldyr Villela (PSD), nem havia notificado os acusados de que podem sofrer processo de cassação. Esta deveria ser a primeira medida do relator.

ESQUECIMENTO?
Waldyr Villela, que integra a bancada governista na Câmara, disse que se esqueceu “deste detalhe”. Com todo respeito que o experiente vereador merece, e por presidir o Conselho, é difícil acreditar que a falha tenha sido mesmo obra do esquecimento.

SUPLENTES CONVOCADOS
Sem contar com a aprovação de todos os vereadores, a presidente interina da Câmara, Gláucia Berenice (PSDB), convocou nove suplentes para substituírem os vereadores suspensos pela Justiça, por serem investigados sob a acusação de tráfico de influência e recebimento de propina em troca de apoio à prefeita.

CONTESTÁVEIS
Os partidos integrantes de coligações que tiveram suplentes indicados, no entanto, têm três dias para contestar as nomeações, uma vez que, dos nove convocados, seis mudaram de partido após as eleições de 2012. Passada a discussão da convocação ou não, agora a discussão será se os suplentes têm direito a assumir.

 

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