O basílico de nossas vidas

O basílico de nossas vidas

Nesta semana de Natal, em que o mundo cristão celebra o nascimento de um homem que nos deixou como herança e legado o desapego das coisas terrestres que tanto nos atraem, gostaria de citar como um exemplo a ser seguido a generosidade do solo, que nos retribui com amor e carinho aquilo que semeamos, representada pelo basílico. Ao ser cultivada com amor e carinho, essa erva aromática nos dá de presente seu verde, seus aromas e seus perfumes sem esperar nada em retorno. 


Ao lado das alegrias que a natureza nos proporciona com o cultivo de uma simples erva aromática, não podemos nos esquecer dos nossos irmãos, vítimas da crueldade daqueles que cultivam sementes outras que nascem, crescem e geram ao redor um total desprezo pelo ser humano. Não precisamos viajar até o Afeganistão, a Síria ou o Iraque para sentirmos o intenso sofrimento de nossos irmãos. Basta, para isso, citarmos como exemplo, entre dezenas de outros, aqueles disseminados pelo serviço de saúde e pelos hospitais da rede pública — se é que podem ser assim chamados. Dá para imaginar o sofrimento daquelas pessoas deitadas no chão, enroladas em sujos lençóis (se é que podemos chamar de lençóis), com feridas expostas às moscas, vítimas de uma assustadora falta de recursos derivada da realidade política que nos avassala.


A corrupção é liderada por aqueles que se utilizam da boa fé dos brasileiros que os colocaram numa privilegiada posição, acreditando que seriam o basílico de suas vidas, respondendo com amor, carinho e gratidão a fé e a confiança semeada. Àqueles que têm a fé cristã, peço que orem; àqueles que simplesmente meditam, que meditem; mas, acima de tudo, vamos elevar nossos pensamentos positivamente para que dias melhores cheguem para os nossos entes queridos e irmãos ao redor do mundo. Assim seja!


Feliz Natal e feliz Ano Novo para todos nós, desejando que o anseio pela paz e pela alegria estejam sempre presentes em nossos corações.

Compartilhar: