Living Blue Planet

Living Blue Planet

O oceano é uma parte integral de nossas vidas. Nós estamos vivos por conta do ar puro, da água e de outros serviços que ele oferece. Mais que isso, nós estamos cercados pelo oceano e sua vida selvagem; e podemos perceber isso seja numa viagem para o litoral, visitando um aquário ou um zoológico. Este estudo sugere que bilhões de animais foram varridos dos oceanos durante a minha vida. É um terrível e perigoso legado para deixar para os nossos netos”, disse o Diretor de Ciências da ZSL - Sociedade de Zoologia de Londres, Ken Norris.

De acordo com o Living Blue Planet Report (Relatório Planeta Azul Vivo) divulgada pela rede WWF no final de 2015, muitas das atividades que ameaçam os oceanos podem ser evitadas e existem soluções para resolver o problema. A missão da WWF-BRASIL é contribuir para que a sociedade brasileira conserve a natureza, harmonizando a atividade humana com a conservação da biodiversidade e com o uso racional dos recursos naturais, em benefício das gerações atual e futura. A sigla WWF tornou-se tão forte internacionalmente que, para evitar confusão ou mensagens equivocadas, não se faz mais tradução para qualquer significado literal. Ou seja, agora a organização é conhecida simplesmente como WWF, uma organização de conservação global. A única exceção é a América do Norte, onde o antigo nome de “Fundo Mundial para a Natureza” continua a ser usado. Em 30 de agosto de 1996 foi criado oficialmente o WWF-Brasil, uma organização nacional que integra a Rede WWF, uma das maiores organizações de conservação da natureza no mundo.

A mais recente versão do estudo de mamíferos marinhos, aves, répteis e peixes mostra que essas populações foram reduzidas à metade nas últimas quatro décadas, com algumas populações de peixes disponíveis para consumo apresentando declínio de até 75%. As informações dão conta de que este é um problema de todas as nações do mundo, com destaque especial para os países em desenvolvimento.

Nós publicamos este estudo com urgência para trazer a mais atualizada fotografia do estado dos oceanos”, disse o diretor-geral do WWF Internacional, Marco Lambertini. “No espaço de uma única geração, a atividade humana prejudicou seriamente os oceanos, pescando mais rapidamente do que a velocidade de reprodução dos peixes, ao mesmo tempo em que destruímos seus berçários. Precisamos de mudanças profundas para garantir vida oceânica abundante para as futuras gerações”.

Nós estamos numa ‘corrida para pegar peixes’ que pode acabar com pessoas famintas, sem uma fonte de alimento vital, impactando uma engrenagem econômica muito importante. A sobrepesca, a destruição dos habitats marinhos e as mudanças climáticas terão consequências para toda a população humana, sendo que as comunidades mais pobres serão as mais afetadas. O colapso dos ecossistemas oceânicos seria o estopim de um declínio econômico seríssimo – e enfraqueceria a nossa luta para erradicar a pobreza e a desnutrição”, disse Lambertini.

A boa noticia é que as soluções existem e nós sabemos o que precisa ser feito. O oceano é um recurso renovável que pode estar disponível às futuras gerações se lidarmos hoje com as pressões ambientais de maneira adequada”, disse Lambertini. “Se vivermos dentro de limites sustentáveis, o oceano vai contribuir com a segurança alimentar, a economia e os nossos sistemas naturais. A equação é simples. Nós devemos pegar essa oportunidade de ajudar os oceanos e reverter os danos enquanto podemos”.

Vivemos um momento crítico na conservação dos recursos marinhos do Brasil, que sofrem com a pesca excessiva, fraca fiscalização, poluição, exploração mineral, necessidade de políticas públicas adequadas para o bioma, além da forte especulação imobiliária e consequente ocupação desordenada das cidades costeiras. Nossa atuação nos mares brasileiros visa chamar a atenção da sociedade para essa triste realidade, a importância da saúde dos oceanos para nossas vidas e como podemos nos mobilizar para protegê-los”, explica a coordenadora do Programa Marinho e Mata Atlântica, Anna Carolina Lobo.

Apesar dos recentes avanços de sua conservação no País, menos de 2% de toda essa biodiversidade está protegida. Preocupado com a situação e motivado pela necessidade de mudança, o WWF-Brasil está ampliando sua atuação para o bioma Marinho. Com ampla atuação em biomas como Amazônia, Cerrado, Pantanal e Mata Atlântica, a conservação da vida marinha fortalece e amplia as atividades da organização na proteção do meio ambiente em diferentes frentes.

Referências:

 https://www.wwf.org.br/wwf_brasil/?47822/em-40-anos-a-biodiversidade-marinha-do-planeta-foi-reduzida-a-metade)

https://d3nehc6yl9qzo4.cloudfront.net/downloads/living_blue_planet_report_2015_08_31_spread__1_.pdf

 

 

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