Ordem no caos!

Ordem no caos!


É bom recordar o que falavam as avós: "Não há mal que sempre dure nem bem que nunca se acabe". Portanto, nada de desespero. Problemas agudos se dissolvem no tempo. Os efeitos colaterais não são insuperáveis; podemos lidar com eles. É bom lembrar que devemos ter cuidado num mundo multifacetado, multicultural e multidiverso (Mario Sergio Cortella).  

O que a Natureza nos ensina sobre isso? É possível (sobre)viver no caos e sair dele? Vamos mais uma vez ao respaldo científico para embasar nossa teoria:

Uma característica fundamental e essencial da natureza é a tendência das coisas se desordenarem espontaneamente. A organização ocorre quando há uma ação que restabeleça a ordem. Podemos exemplificar algumas ocorrências que afetam principalmente as grandes cidades: diminuir a violência, despoluir rios, melhorar as condições de vida das pessoas e dos outros seres vivos; são afazeres que demandam trabalho árduo e não ocorrem de forma espontânea. Caso não tenha ação, a tendência é que permaneça a desorganização. Lembre-se da Terceira Lei de Newton: A toda ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade!

Os cálculos envolvendo a Teoria do Caos são utilizados para descrever e entender fenômenos meteorológicos, crescimento de populações, variações no mercado financeiro e movimentos de placas tectônicas, entre outros. Uma das mais conhecidas bases da teoria é o chamado "EFEITO BORBOLETA", teorizado pelo matemático Edward Lorenz, em 1963 (Wikipedia).

Há uma percepção errônea de que a Teoria do Caos é uma teoria da desordem. É justamente o contrário, o que ela busca demonstrar é que em um sistema aparentemente caótico, também existe uma ordem intrínseca. Ou seja, um sistema considerado caótico não é aleatório e nem desordenado, pois existe uma ordem, e um padrão no sistema como um todo. Assim, o caos é um instrumento de observação de fenômenos previamente mal compreendidos ou incompreendidos a partir de uma perspectiva determinística (https://blogprofrogerio.blogspot.com.br/2010/11/ha-uma-percepcao-erronea-de-que teoria.html).

A ordem/desordem que existe tem relação direta com uma fundamental característica da natureza – a ENTROPIA. Este termo especifica uma quantidade de informação necessária para que um sistema seja caracterizado. Quanto maior e entropia, mais informações demandam para descrever um sistema. O aumento da entropia tem íntima associação com uma das mais importantes leis da física: a SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA. A segunda Lei da Termodinâmica define que sempre que realizamos um trabalho, parte da energia empregada é liberada para o ambiente – não se transforma em trabalho útil. O aumento da entropia ao nosso redor ocorre devido à energia liberada e esta ajudará na desorganização das moléculas de ar. Para diminuir a entropia de certo lugar é preciso aumentar a entropia em outro.

A evolução não decorreu da liberdade humana, mas, de uma necessidade. Ninguém nasce humano, nós nos tornamos humanos. Como? Absorvendo cultura! Para encontrarmos nossa identidade devemos nos basear na história antiga. A análise antropológica desde a Grécia antiga nos mostra um homem frágil, que para sobreviver precisou desenvolver técnicas por meio da RACIONALIDADE. Um processo de ação sobre o meio natural foi iniciado – é a capacidade do homem de modificar as coisas. Isso passou a se chamar TRABALHO; e o resultado disso é a CULTURA. A partir da cultura o homem criou parâmetros, como valores, por exemplo, que são mutáveis como o homem. Os valores mudam por causa de todas as transformações necessárias que o homem causa a partir do trabalho, isso é a RELATIVIZAÇÃO – os valores são relativos. O mundo não é, está sendo – já afirmava Paulo Freire em seu livro “Pedagogia da Autonomia”.

O que devemos conservar e o que devemos inovar? Para isso existem alguns canais importantes e essenciais, como as instituições sociais: escola e família.

A inovação é importante para superar dificuldades quando as necessidades aparecem. É a sina do homem – sempre evoluir. Sempre vamos construir uma nova realidade. Fazendo uma junção de Paulo Freire com Mario Sérgio Cortella, podemos inferir que há uma necessidade de TRANSFORMAÇÃO! Transformar a realidade que se parece negativa em uma realidade melhor, mas, para isso não basta apenas o conhecimento, é preciso pensar CRITICAMENTE a realidade política que nós vivemos.

Se o bater de asas de uma simples borboleta poderia influenciar o curso natural das coisas e, assim, talvez provocar um tufão do outro lado do mundo...o que podemos alterar com que vivemos politicamente hoje ? Quais ações podemos aplicar para termos resultados melhores em um breve futuro?  Se agirmos; certamente teremos um retorno.

E se alguém lhe perguntar: Como vai?...Responda: TUDO NA MAIS PERFEITA ORDEM DO CAOS! 

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