Votando sem perder a amizade

Votando sem perder a amizade

Fico impressionado como as pessoas sabem tudo de política nessas épocas.

Eu voto basicamente em ninguém. Anulo boa parte dos meus votos, porque considero totalmente abusiva e perversa a obrigatoriedade do voto em um país que educa pessoas para saber sobre geometria e a anatomia de uma planta mas ensina quase nada sobre política e ética na escola. É como obrigar alguém a dirigir um foguete espacial e não oferecer um curso sobre isso. Esse é um ponto.

Outro ponto: só voto em quem eu conheço minimamente. Eduardo Suplicy, uma figura incrível e notável da política brasileira e Marcus Vinicius Franzin Bizzarro, que é um cara que nasceu na minha cidade e que tinha tudo pra não entrar na política mas entrou por algum ideal. São dois que ganharam meu voto. Mas sei bem que os motivos que me levaram a votar nesses dois, são motivos completamente subjetivos e assumo que meu voto pode ser um grande erro.

Tenho como pressuposto básico que é impossível conhecer plenamente alguém, ou confiar em alguém, mesmo em nós mesmos. E assim, é prudente tomarmos cuidado quando saímos por aí cuspindo nossas certezas sobre isso ou aquilo. Todo voto representa um tiro no escuro.

Por isso, acho que você que acha que sabe tudo de política, saiba que você não sabe de nada! Você tem essas convicções políticas, mas não passa de uma poeira perdida no cosmos!  Como diz um amigo meu: Vota aí e fica de boa! ...

Dilma, Aécio, Tiririca, são todos como você e eu... Brasileiros que não sabem muito sobre o que é um país de verdade, uma nação de verdade, que cometem atrocidades éticas como quem respira.

"5 motivos para não votar em Dilma"; "2 motivos para não votar em Tiririca", são as manchetes que somos obrigado a ler nesses tempos, da mesma maneira que listam os motivos pelos quais você deve comprar um sabão em pó, ou uma marca de carro.

Afirmações categóricas em torno de assuntos políticos, convicções em torno do caráter deste ou daquele político mostram o poder de manipulação dos grupos, contra os quais a maioria da população se mostra contra, mas não percebe apoiar quando não pensa, não questiona e multiplica essas "versões filtradas da realidade"

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