O Agronegócio e a Cana em Março de 2016

O Agronegócio e a Cana em Março de 2016

Minha leitura dos fatos:

O que acontece com nosso agro?

PERSPECTIVAS DE LONGO PRAZO DO USDA – 2026:

Apesar da população mundial crescer, há de se observar o declínio na taxa de crescimento da população de 1,5% por ano em 2000 para 1,0% em 2016. A maioria deste crescimento vindo da Ásia em desenvolvimento e Oriente Médio. O crescimento se dará em extratos que mais beneficiam o consumo de alimentos;

Em 2025, 83% da população estará em países em desenvolvimento;

Urbanização segue em ritmo forte, puxando o consumo de alimentos;

O crescimento da produção mundial de petróleo tende a cair e o consumo tende a superar a produção em 2017. Os preços subirão. USDA estimam em 80 dólares o barril em 2025;

Os EUA e a Índia terão a melhor taxa de população economicamente ativa do mundo a partir de 2050, sendo grande ponto de vantagem competitiva, mais mão de obra para trabalho em relação à população;

A média do crescimento mundial será de 3,1% por ano de 2015 até 2025, sendo 4% em países emergentes e 2% em países desenvolvidos. Ou seja, 10 anos de crescimento pela frente, o que deve beneficiar o agronegócio brasileiro;

Índia será a principal economia mundial com crescimento médio de 8% na década, ainda de acordo com o USDA;

Entre os países desenvolvidos, os EUA crescerão 2,5% ao ano e com isto, o dólar estará mais forte e tirará competitividade das exportações americanas, porém seguirão crescentes no agronegócio. É o grande competidor do Brasil nas exportações de grãos;

Importações dos EUA em produtos do agronegócio crescerão US$ 50 bilhões em 10 anos, representando grande oportunidade ao Brasil. Ou seja, temos o espaço grande nos emergentes, sem deixar de lado o gigante importador que são os EUA;

Efeito dos baixos preços do petróleo é forte na Rússia e outros países dependentes do produto para gerar caixa com as exportações e estes mercados perderam importações de produtos do agronegócio, impactando o Brasil;

Baixos preços do petróleo refletem em menores preços de frete marítimo e transporte em países onde os combustíveis seguem os preços internacionais. No caso do agro brasileiro, vantagens no frete marítimo, mas não no frete de caminhões;

Ganhos de longo prazo na demanda de alimentos devido a todos estes fatores. Custos de transporte cairão;

Finalmente, o USDA acredita em aumento de área produtiva no mundo, principalmente no Brasil e alguns outros países.

Não deixam de ser excelentes notícias ao Brasil.

GRÃOS E AGRO

Produção no mundo em 2015/16 (corrente safra, quase ao final) será ao redor de 2,525 bilhões de toneladas, sendo 6,5 milhões de toneladas a menos que a estimativa de janeiro. É uma produção 1,4% menor que a da safra anterior. O consumo de grãos na corrente safra é de 2,523 bilhões de toneladas, 0,7% maior que no ano anterior. Estoques estão em 24,7% da produção, praticamente inalterados e em quantidade confortável, mas com viés de baixa;

CONAB estima a produção brasileira de 2015/16 é de 210,3 milhões de toneladas, 1,3% acima de 2014/15. A área é de 58,5 milhões de hectares, 1% maior ou quase 600 mil hectares a mais;

Fevereiro foi bom para as exportações do agro. As vendas somaram US$ 6,713 bilhões, 36,9% a mais que no mesmo mês de 2015. Importações caíram 20,8% (US$ 953,5 milhões) nos deixando um saldo de US$ 5,759 bilhões. Açúcar deu grande empurrão: : alta foi de 123,8%, para US$ 952,1 milhões nas exportações;

SOJA

Produção deve ficar ao redor de 98 m.t. CONAB estima em cerca de 100 m.t., quase 5% maior que 14/15, área de 33,23 mi. ha (3,6% maior). 44,1 m.t. serão consumidas no Brasil. Exportações devem chegar a 56,75 m.t.;

Boas produtividades no Centro Oeste (clima em GO e MT) acima de 60 sc/ha;

Estoques no final de safra podem ficar mais enxutos, trazendo boas novidades;

Observar safra na Argentina e efeitos da política de redução dos impostos de exportação e a volta dos investimentos, com a saída do bolivarianismo e a nova gestão do presidente Macri;

Observar comportamento de compras de soja na China;

Observar plantio nos EUA (abril), desempenho da safra no segundo semestre e estimativa de áreas. Primeira estimativa é 0,3% menor que na safra anterior. Produção de 103 mi ton (contra quase 107 mi ton). Nível de estoques nos EUA terão ligeira redução);

Brasil aprovou o aumento da mistura de biodiesel de 7 para 10% até 2019. Isto pode consumir pelo menos mais 3 m.t. de soja.

MILHO

Produção ao redor de 83,33 m.t. (1,6% menor) e área de 15,34 mi ha (2,2% menor), sendo 5,72 mi ha na primeira safra e 9,61 mi ha na segunda safra;

Milho safrinha deve bater recorde, com cerca de 55 m.t.;

Com a entrada da safrinha estoques tendem a ficar ligeiramente mais elevados no Brasil, podendo impactar nos preços;

Observar plantio nos EUA (abril) e o caminhar da safra no segundo semestre com a estimativa de áreas e produtividades.

Primeira estimativa dos EUA é 2,3% menor que a safra anterior. A produtividade: 160,6 sc/ha e produção de 350,94 m.t. (contra 345,49 m.t.);

Exportações de milho em alta no Brasil, boa surpresa no primeiro trimestre;

Etanol nos EUA deve continuar consumindo a mesma quantidade de milho nos próximos dez anos, mas sujeito ao que acontecer no consumo de gasolina. Como este vem aumentando, está puxando mais milho devido à necessidade de misturar pelo menos 10%.

O que acontece com nossa cana?

UNICA: até o final de fevereiro, a safra 2015/16 (iniciada em 1o de abril do ano passado), alcançou 603,9 m.t., 5,8% acima de 14/15. Açúcar caiu 3,76% (30,8 m.t.) e a de etanol cresce 5,96% (27,7 b.l.). ATR médio de 131,2 quilos por tonelada (136,6 kg em 2014/15);

Safra 2016/17: Czarnikow: 614 m.t. (1% menor). FG Agro estima 635 m.t., com cerca de 44,4% destinadas a açúcar. FCStone: 619 m.t. (42,8% para açúcar, a 134,8 kg ATR). Datagro: 620 m.t. Archer: 618,5 m.t. (34,35 m. t. de açúcar e 27,49 b. l. de etanol, mix de 43,5% para açúcar);

FCStone: moagem no Norte-Nordeste (2015/2016) 51,7 m.t. (14,9% a menos, com 52% destinado a etanol);

Exemplo de corte de custos: segundo o Valor, desde 2014 os custos da Aralco caíram 17,5% - de R$ 560 milhões para R$ 462 milhões. Gastos com pessoal caíram de R$ 106 milhões por ano para R$ 60 milhões, derrubando de 4,1 mil para 1,7 mil pessoas (usinas tinham gestões independentes). Isto mostra como podemos cortar gordura do setor e ficarmos cada vez mais competitivos;

Ações da São Martinho subiram 36% nos últimos 12 meses e da Biosev 16%. São Martinho: terceiro trimestre: lucro líquido de R$ 76 milhões (42% acima);

23 usinas em operação no Centro-Sul. Espera-se para março cerca de 70 usinas em operação.

O que acontece com nosso açúcar?

Segundo a Datagro, na 2015/2016 teremos déficit de 4,37 m. t. de açúcar pulando para 7,64 m.t. na safra 2016/2017, devido a problemas climáticos na Índia (algumas usinas já pararam por falta de cana) e desestímulo de preços seca na Europa;

Organização Internacional do Açúcar (OIA): aumento do déficit, de 3,5 m.t. para 5 m.t. (safra de outubro 2015/setembro 2016), devido a fatores climáticos. Para 2016/17 prevê 6 m.t. de déficit;

Kingsman: o déficit mundial em 2015/16 reduziu de 5,26 m.t. para 4,8 m.t.;

FCStone: safra 2015/16 com déficit de 7 m.t., maior que os 5,6 m.t. Seca na Europa e decréscimo de área plantada e reduções de 12,8% na China e 4,3% na Tailândia;

Czarnikow: safra 2016/17 produção de açúcar no Centro-Sul em 2016/17 deve crescer 10%, para 34,2 m.t., com 43,7% do caldo indo para açúcar (40,79% de 2015/16) e ATR 1,9% acima (133,7 quilos por tonelada);

Boa parte das consultorias projeta 34 m.t. de produção de açúcar no Brasil em 2016/17. Espera-se incremento de até 5 m.t. na produção de açúcar no Brasil e cerca de 60% já foi vendido aproveitando o preço e o câmbio;

Brasil deve contestar no órgão de solução de controvérsias da Organização Mundial do Comércio (OMC), a política açucareira da Tailândia. Segundo maior exportador, atrás do Brasil seus subsídios aos produtores interferem muito negativamente no comércio mundial.

No açúcar, o volume da atual safra atingiu 30,8 m.t., queda de 3,76% em relação a 2014/15;

FCStone: a demanda mundial em 182,7 milhões de toneladas, 1,8% acima da safra passada e a Czarnikow estima que a produção global de açúcar precisará crescer entre 15 a 20 m.t. até 2020 para atender ao aumento da demanda;

Datagro: do total de 53,6 m.t. de açúcar que devem ser exportadas (no ciclo 2015/16, que termina em 30 de setembro), 44,2% (23,7 m.t.) virá do Brasil (era 46,8%, com 25,6 m.t. A Tailândia fica com 16% (15,8% da safra 2014/15) e Austrália com 6,3% (era 5,9%);

Datagro: no Centro-Sul, o custo médio (que não considera a remuneração do capital investido) de produção hoje é de 13 cents/libra peso. Na Tailândia é de 16,5 cents e na Austrália, em 18,1 cents.

O que acontece com nosso etanol?

Petróleo: preços chegam no maior valor dos últimos 3 meses. Motivo: declínio dos estoques nos EUA devido ao aumento de consumo de combustível estimulado pelos baixos preços. Demanda muito alta. Chegou perto dos US$ 40 o barril;

Em fevereiro a venda de hidratado caiu para 1,059 b. L. contra 1,264 b.l. de janeiro. Porém, no acumulado da safra, estamos com 16,2 b.l. representando 28,5% acima;

Em relação ao consumo total de combustíveis, a ANP acredita que deve igualar 2015, enquanto que a Datagro prevê queda de 3%;

Temos que observar neste ano qual será o comportamento de consumo do usuário da frota flex com o preço atual. O hidratado ocupou cerca de 30% em 2015 (cada ponto representa algo como 300 milhões de litros). Porém, vivemos provável mudança de comportamento: mesmo acima dos 70% vendas de etanol hidratado de novembro a janeiro foram 10% maiores que no mesmo período anterior. As vendas de gasolina caíram 9,3% (ANP). Pode ser que os consumidores estejam preferindo uma compra que tenha menor desembolso ou o etanol vem conquistando preferência;

Estados do Nordeste estão mudando o ICMS em favor do etanol;

O fato das usinas terem feito hedge de açúcar em grandes volumes deve aliviar a queda de preços do etanol no início da safra. Em 2015 chegaram a R$ 1,15/l e neste ano não devem cair de R$ 1,5/l;

Estimativa Czarnikow: 27,1 b.l. na região Centro-Sul, com 16,1 b.l. de hidratado e 11 b.l. de anidro;

Esta safra terminará com estoques de etanol muito mais baixos que na safra anterior (cerca de 400 m.l. contra 1,2 b.l.);

CEPEA: etanol em fevereiro acumulou alta anual de 47,13% (R$ 1,9384 ou R$ 0,621 a mais que fevereiro de 2015);

Pesquisa da UNCTAD - Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (“Second Genaration Biofuels Markets: State of Play, Trade and Developing Country Perspectives”): Brasil pode produzir 10 bilhões de litros de etanol. Para isto precisa de investimento e boa regulação, expansão na moagem de cana, modernização e integração das produções de etanol 1G e 2G!. Pelo resumo feito pelo Valor: “no curto-prazo (2016-2025), somente com o retrofit em 81 plantas em operação, cuja capacidade de moagem somada alcança 275 milhões de toneladas de cana por ano, seriam produzidos 5 bilhões de litros de etanol 2G até 2025. Outros 1,5 bilhão de litros adviriam de um acréscimo na moagem de 100 milhões de toneladas de cana, volume facilmente alcançável por 80% das empresas do segmento, de acordo com o documento. Por fim, a inauguração de 10 unidades a partir de 2020, quando novas variedades de cana poderão aumentar o rendimento do etanol para cerca de 19 mil litros por hectares, culminará, após cinco anos, em uma produção total de 3,5 bilhões de litros. Somadas todas estas ações, o Brasil atingiria o volume de 10 bilhões de litros de etanol celulósico projetado pela UNCTAD em 2025. O estudo indica a criação de cinco pontos: criar marcos regulatórios para a bioenergia avançada; promover a cooperação entre as organizações nacionais e empresas estrangeiras, a fim de facilitar a transferência de tecnologia; flexibilidade para os agentes de mercado que operam biorrefinarias atuarem em outros segmentos, incluindo materiais, alimentação, alimentos e energia; e incentivar o diálogo técnico entre as diferentes regiões de produção de combustíveis avançados, a fim de garantir padrões compatíveis para matérias-primas e o comércio do produto.” (cópia integral da matéria do Valor)

No caso do Brasil, que terá de cortar 37% das emissões domésticas de GEEs até 2025 - com base nos níveis de 2005 –, a participação do etanol carburante e demais biomassas derivadas da cana-de-açúcar na matriz energética deverá saltar dos atuais 16% para 18%, o que exigirá a produção de 50 bilhões de litros do combustível renovável até 2025 (Valor Econômico).

O que acontece com nosso bagaço?

Cosan recebe investimento da Sumitomo: Segundo a Sumitomo, o Japão deve importar entre 10 milhões e 20 milhões de toneladas de biomassa pelletizada até 2030.  Os pellets da Cosan Biomassa são únicos no mundo, segundo Lyra. A fábrica recebe bagaço e palha de cana e os transforma - por meio de um processo de secagem e compressão - em pequenos pedaços de "energia", no formato de palitos. No longo prazo, a empresa quer ampliar sua produção para 2 milhões de toneladas por ano (até 2025), - com potencial de quadruplicar a depender da demanda do mercado e do retorno gerado pelo negócio. (Valor Econômico).

Informações da UNICA publicadas no Valor Econômico:

Setor sucroenergético é responsável por 80% da capacidade de geração de energia pela biomassa e tem grande potencial de crescimento, mas precisa de políticas públicas bem estruturadas.

O compromisso apresentado pelo governo brasileiro na COP21, em dezembro passado, foi considerado ousado ao propor a redução de 43% de emissões dos Gases Geradores de Efeito estufa (GEE) até 2030 (comparação às emissões de 2005), além do alcance da utilização de 45% de energias renováveis.

Para atingir estas metas, será fundamental para o país investir na produção de energia elétrica a partir da biomassa, chamada também de bioeletricidade. Dados da International Renewable Energy (IRENA) apontam que o Brasil, em 2014, já era o país com maior capacidade instalada de geração por meio da biomassa no mundo, com 15,3% do total mundial. Em segundo lugar vêm os EUA, com 13,6%, seguidos de China (11,8%), Índia (6,2%) e Japão (5%).

Em 2015, a oferta de energia obtida da biomassa teve crescimento estimado de 7%, com um total de geração de mais de 22 TWh, o que equivale ao abastecimento de 11 milhões de residências durante um ano inteiro. A alternativa da bioeletricidade já representa, em termos de capacidade instalada, quase 10% da matriz energética, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), ocupando a segunda posição na matriz, atrás apenas das fontes hídrica e fóssil.

Hoje, cerca de 80% da capacidade instalada de geração pela fonte biomassa vêm do setor sucroenergético, que emprega o bagaço e a palha da cana para a autossuficiência energética e ainda tem promovido um crescimento significativo na oferta de excedentes de eletricidade para o Sistema Interligado Nacional (SIN). 

O resultado disso é fantástico em termos de sustentabilidade. Estima-se que, em 2015, a geração de energia renovável e limpa pela biomassa tenha evitado a emissão de cerca de aproximadamente 10 milhões de toneladas de CO2, marca que seria atingida com o cultivo de 68 milhões de espécies nativas ao longo de 20 anos.

Além disso, a alternativa da biomassa também levou à preservação de água nos reservatórios das hidrelétricas, já que o pico da geração oriunda da fonte biomassa ocorre em épocas marcadas por chuvas escassas. Em 2015, a oferta estimada de mais de 22 TWh pela biomassa ao Sistema Interligado Nacional ajudou a poupar 15% das águas nos reservatórios do sub-mercado elétrico Sudeste e Centro-Oeste.

Vale lembrar que a geração da biomassa tem como característica a produção previsível ao longo do ano, durante a safra sucroenergética. Dessa maneira, é possível contribuir para a segurança na gestão de um Sistema Interligado cada vez mais diversificado.

Apesar dos números significativos, o potencial de crescimento do setor sucroenergético para ampliar sua capacidade de fornecimento de energia ainda é enorme. Em 2014, das 355 unidades produtoras sucroenergéticas do país, apenas 177 unidades exportaram o excedente de energia gerado a partir do bagaço e da palha da cana. Ou seja, metade das unidades sucroenergéticas, que hoje já cumprem um papel importante de autoprodutoras de energia, podem receber investimentos que promovam o chamado retrofit das usinas, tornando-as exportadores de energia limpa e sustentável para o SIN.

Segundo Elizabeth Farina, presidente da UNICA, com investimentos na modernização das unidades fabris e o pleno aproveitamento da biomassa sucroenergética, será possível ampliar em mais de oito vezes o volume oferecido à rede pela bioeletricidade até 2024 (comparado com a oferta em 2014).

É essencial que o país estabeleça políticas públicas bem estruturadas e de longo prazo, incluindo externalidades ambientais na precificação da bioeletricidade, além de outras vantagens pelo uso da biomassa na gestão do sistema interligado de fornecimento de energia. Só assim, com um ambiente institucional que transmita segurança na tomada de decisão de novos investimentos, o Brasil poderá atingir suas metas estabelecidas na COP 21

Vale ressaltar que o compromisso assumido foi de aumentar o uso sustentável de energias renováveis (solar, eólica e biomassa), excluindo energia hidrelétrica, para ao menos 23% da geração de eletricidade do Brasil até 2030 (ressaltando, este material não é texto nosso, é composto de informação da UNICA trabalhar e publicada pelo Valor Econômico)

 

 

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