Cooperativas de Crédito versus Bancos

Cooperativas de Crédito versus Bancos

Certa vez, ouvi uma frase que me levou a uma grande reflexão: se Banco fosse bom não se chamaria banco, chamar-se-ia poltrona! Os bancos são desconfortáveis para se sentar, enquanto as poltronas são muito mais confortáveis.

Acredito que tal frase seja exagerada. Primeiramente, porque seria impossível imaginarmos o mundo sem os bancos. Eles captam dinheiro dos ofertadores (pessoas que possuem superávit de dinheiro e querem investi-lo) e repassam aos tomadores (pessoas que possuem déficit de dinheiro e precisam de empréstimos). Ao realizar tal atividade, os bancos fomentam o crescimento da economia, pois fornecem dinheiro às empresas, para implantar seus investimentos, e às pessoas físicas, para adquirirem produtos a prazo.

Além disso, não podemos nos esquecer de que se tratam de empresas que visam lucro e precisam cobrir seus gastos operacionais, portanto, devem cobrar taxas mais altas nos empréstimos do que nas aplicações. Também devem cobrar tarifas pelos diversos outros serviços que prestam aos seus clientes, como talões de cheque, manutenção das contas correntes, envio de TEDs etc.

Por outro lado, é inegável que seus spreads (diferença entre a taxa que utilizam para captar e a taxa que utilizam para emprestar) e suas tarifas são muito altas. Diante dessa realidade, o que nós podemos fazer? Simples, devemos procurar outro tipo de instituição financeira que preste os mesmos serviços, porém, com condições melhores. Não podemos nos esquecer que, além dos bancos, há outro tipo de instituição financeira a quem podemos recorrer, as cooperativas de crédito, que são as “poltronas” do mercado financeiro.

No livro Cooperativas de Crédito: Gestão Eficaz, os autores comentam que, para se entender a diferença entre as cooperativas de crédito e os bancos, é preciso responder uma pergunta: quais são, respectivamente, as origens e os objetivos dessas instituições financeiras? Tais autores afirmam que a cooperativa de crédito nasce da vontade e da necessidade de um grupo de pessoas, que se congregam para a troca de soluções. Já os bancos comerciais surgem da vontade do dono do capital, sem qualquer consulta ao usuário, com o objetivo de ampliar o capital investido.

Na prática, esta diferença de interesses reflete em vários benefícios para os clientes das cooperativas de crédito, tais como:

1º) Isenção total de tarifas (manutenção da conta, TED, DOC, talões de cheque etc.);
2º) Crédito com excelentes taxas;
3º) Horário de atendimento ampliado: de segunda a sexta, das 08h00 às 17h00;
4º) Financiamentos sem cobrança do IOF diário e da TAC.

Além desses benefícios, a cooperativa devolve aos cooperados, anualmente, parte do que desembolsaram durante o exercício, de acordo com sua movimentação. Outra diferença é o fato de o cooperativismo de crédito possibilitar que os recursos gerados em cada localidade aí permaneçam em circulação, gerando empregos, renda e desenvolvimento.

Diante dessa realidade, caso seja procurado por um gerente de uma cooperativa de crédito, não pense duas vezes antes de se tornar um cooperado. Por que devemos nos sentar em um banco se existe a opção de uma bela poltrona!

 

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