A hora e a vez da Administração Holística
Pérsio Padovan
06 Jul 2016 17:26
Nos momentos de maior dificuldade é que precisamos de mais ajuda e, geralmente, nesses momentos é quando dispomos de menos recursos.
Numa empresa, as coisas ocorrem da mesma forma. Quando mais precisamos, menos podemos. Sobram problemas e faltam recursos.
Que problemas são esses?
A empresa sempre foi lucrativa e o empresário agora não vê mais a cor do dinheiro ou quanto mais tenta vender menos vê resultados ou as vendas estão mais difíceis de se concretizar e a equipe atual não quer se reciclar e assim por diante.
Esses são sintomas de uma administração fragmentada, onde temos grande conhecimento de algumas operações mas pouco conhecimento ou interesse em outras. Por exemplo, o empresário é uma fera na produção e pouco conhece como vender ou então o empresário adora vender mas, detesta conviver com suas contas a pagar e a receber, etc.
Quando não sobra dinheiro nem outros recursos o melhor é recorrer a alguém que possa ter uma visão geral do negócio e, consequentemente, apresentar soluções para os problemas.
Conhecimentos gerais, diagnósticos corretos, soluções aplicáveis e custos suportáveis são imprescindíveis nessas horas.
Para isso uma administração holística é fundamental.
Como isso funciona?
Você recorre a alguém que conhece vários tipos de negócios, diferentes formas de administrar, diferentes recursos possíveis, que conta com uma série de especialistas que podem intervir pontualmente para apresentar saídas. É como ser atendido por um clínico geral cercado de especialistas que, pontualmente, apresentam soluções. Só que para cada empresa, uma solução diferente.
Outra questão são as soluções obvias, como economizar para quem está perdendo dinheiro, ou vender mais para quem tem um produto com problemas ou sem lucratividade ou, então, vender a empresa para pagar os prejuízos durante uma parte da vida e dos sonhos de quem construiu. Claro que essas coisas podem ser importantes, por isso são obvias, mas como fazer o obvio acontecer é a chave.
Também não adianta colocar sua empresa em modelos já prontinhos e não considerar todos os vícios adquiridos por anos. Quem não gosta de administrar não administra corretamente, quem não gosta de vender não vende corretamente. E o objetivo inicial, que deveria ser o lucro, acaba ficando para trás.
Soluções?
Contratar um executivo com visão holística empresarial para administrar o negócio com visão de causa e efeito, com a responsabilidade de tentar harmonizar as diferentes áreas sem coloca-las em conflito. Um profissional com a cabeça nos resultados e com a responsabilidade de perenizar a empresa, de harmonizar a equipe, de fazer eventuais substituições sem descontruir o negócio. Mudar os resultados sem mudar tudo na empresa.
Outra saída é a contratação de uma consultoria que apresente soluções viáveis para seus problemas.
Afinal, não adianta ter um foguete para se deslocar em curtas distancias, nem um barco furado para longas.
Em qualquer caso elas precisam provar que se pagam. Soluções que não se pagam não são soluções.
Pense nisso!
Pérsio Padovan
Consultor empresarial
