Potencial produtivo
Maracujá silvestre BRS Pérola do Cerrado rende polpa 40% superior a cultivares tradicionais, sendo opção para produção em sistemas orgânicos e agroecológicos
De sabor adocicado, o novo maracujá silvestre BRS Pérola do Cerrado é uma alternativa para o mercado de frutas especiais e de alto valor agregado, destinadas a indústrias de sucos, sorvetes, doces e para consumo in natura. Lançado pela Embrapa, o fruto é resultado de 20 anos de pesquisas em melhoramento genético convencional, que compreende cruzamentos da espécie Passiflora setácea coletados em diferentes regiões do cerrado.
Com peso médio entre 50 e 120 gramas, o fruto maduro tem rendimento de polpa superior a 40% em relação a cultivares tradicionais. “Ele tem grande potencial para cultivo em sistema orgânico por ser mais resistente a doenças e pragas que o maracujá comercial”, ressalta Ana Maria Costa, pesquisadora da Embrapa Cerrados (DF) e coordenadora da Rede Passitec.
Do fruto, tudo se aproveita: polpa, casca e sementes. As folhas, flores e ramas podem ser usadas para produção de ingredientes e de matéria-prima para as indústrias de alimentos, de condimentos, de cosmética, de artesanato e farmacêutica. Da casca, a Embrapa desenvolveu um componente que pode ser usado em bolos, pães, sorvetes, mousses, doces e pratos salgados. Já a semente pode ser aproveitada para a produção de óleo.
Foto: Fabiano Bastos
