Desafio eleitoral
“O candidato deve ampliar seus conhecimentos e cercar-se de bons técnicos”, sugere Ernesto

Desafio eleitoral

Em um cenário recessivo, futuros administradores e legisladores devem se profissionalizar para realizar uma atuação com responsabilidade, transparência e respeito ao cidadão

A crise econômica atingiu profundamente a arrecadação, principalmente de pequenos municípios, que dependem dos repasses dos Estados e da União para manterem suas políticas públicas. Nesse ambiente, os futuros gestores têm a difícil missão de garantir a continuidade dos serviços essenciais à população, reduzindo o inchaço da máquina administrativa, seja incentivando a eficiência nos diversos setores, seja fomentando a meritocracia no serviço público.
Neste cenário, as eleições municipais de 2016 serão marcadas pela criatividade dos candidatos, que contarão com pouco tempo para desenvolverem suas campanhas e com recursos escassos, já que as empresas, tradicionais financiadoras de candidaturas, estão impedidas de realizarem doações eleitorais. “Se, por um lado, isso dificulta a divulgação das plataformas, por outro, torna o processo eleitoral mais democrático, por trazer paridade entre os candidatos”, explica o advogado Ernesto Paulino, especialista em direito administrativo e eleitoral e sócio do escritório Paulino e Paulino Advogados Associados.
Para o especialista, a redução do tempo de campanha eleitoral de 90 para 45 dias, aliada à proibição do financiamento empresarial e à limitação de gastos de campanhas, trará significativo impacto à corrida eleitoral, barateando os gastos e tornando a disputa mais democrática. Por outro lado, estudos indicam que a recuperação da atual crise econômica deverá se estender por mais dois ou três anos, razão pela qual aos futuros administradores caberá realizar uma gestão de recursos públicos com responsabilidade, transparência e, acima de tudo, respeito ao cidadão. 
Nesse contexto, Ernesto sugere que o candidato se prepare com profissionalismo, buscando conhecimento multidisciplinar, seja na área jurídica, em finanças, em orçamento público ou na gestão de pessoas, cercando-se sempre de bons técnicos. Já o eleitor, principal artífice de todo o processo eleitoral, deve estudar o plano de governo de cada candidato, conhecer sua história e as conquistas por ele trazidas para a cidade. “Mais do que nunca, diante da profunda crise moral e política que vivemos no país, o cidadão tem o dever de escolher bem seus representantes”, frisa o advogado.


Paulino e Paulino Advogados Associados
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Tel.: (16) 3995.3300

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