Cartunista cria herói que salva pessoas do cigarro

Cartunista cria herói que salva pessoas do cigarro

Cartunista Dud cria personagem Homem Apaga depois de ‘cansar de ser fumante passivo’

Devido à lei que proíbe fumar em ambientes fechados, você vai até a rua e acende um cigarro. De repente, um jorro de água atinge seu rosto e apaga o seu cigarro. O responsável pelo ataque é o Homem Apaga, personagem criado pelo cartunista Carlos Eduardo, o Dud.

Dud criou a personagem depois de ser fumante passivo em diversas situações.

“Sempre odiei muito o cigarro. Sempre passei muito apuro com cigarros e fui obrigado a fumar o fumo dos outros”, explica o cartunista que publica as tirinhas em uma fanpage no Facebook  e no blog do Homem Apaga.

Nas histórias, o Homem Apaga tem que combater alguns inimigos, como o Homem Reacende, que como o nome diz reacende o cigarro na boca dos fumantes, o Empresário, que sempre se livra do herói, pois vive rodeado de seguranças, o Dr. Smoukis, um cientista fumante que faz invenções apenas para derrotar a personagem principal, e para isso ele conta com os ciborgues Fumoso, criações do cientista, entre outros.

O cartunista conta que como a maioria das pessoas começou desenhar na escola, ainda criança, mas ao contrário da maioria, não desistiu por sempre se sentir feliz trabalhando, e não viu motivo para parar.

“Eu gosto de uma coisa bem solta, sem regras. Para desenhar um cachorro, por exemplo, não precisa fazer certinho, pode por uma bolinha, uma orelha e todo mundo vai saber que é um cachorro que está lá”, afirma Dud, lembrando que os cartoons são feitos como se ainda fosse uma criança, e segundo ele, isso o libera daquela amarra de “desenhar certinho”.

Ele se inspira nos traços de Sarah Naylor, ilustradora de livros infantis, e no cartunista Orlando Pedroso, que já publicou na Folha de São Paulo. Segundo Dud, Pedroso “tem uma mão de traços simples”.

“Com esses profissionais, você olha e parece que foi uma criança que desenhou”, aponta.

Dud define o humor dele como “bem sutil”, e sem nenhuma apelação, por não contar com palavrões ou conotação sexual.

“Um humor livre para todo mundo. E não é para agradar, é assim que gosto mesmo”, explica.

Ele já ilustrou três livros: Poeminhas legais e Poeminhas celestiais, escrito por Alexandre Azevedo, e também, Pepe Bolão e Bela Bailarina, de André Luís Oliveira.

O cartunista conta que na maioria das vezes anda com um caderninho, porque qualquer coisa pode inspirar uma tirinha ou charge. “Às vezes, mas eu esqueço de pegar também (rs). Minha memória é muito ruim”.

Outros trabalhos do desenhista podem ser conferidos na fanpage Em perfeita Companhia.

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Leonardo Santos (Colaborador)

 

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