Cuidados que salvam
Cleber e Maristella compõem a equipe, assegurando aos pacientes assistência multiprofissional e integrada

Cuidados que salvam

Mamografia e consultas médicas regulares fazem a diferença no prognóstico do câncer de mama

O Outubro Rosa tem despertado cada vez mais as mulheres para um inimigo silencioso e traiçoeiro: o câncer de mama. Esse, no entanto, não é o único tipo de câncer que se destaca no universo feminino — os tumores de colo de útero, do ovário e do endométrio também são uma ameaça. 

Em primeiro lugar no ranking, o câncer de mama causa grande preocupação aos especialistas. Para prevenir, mulheres com mais de 40 anos devem realizar mamografia anualmente e autoexame das mamas a cada mês. Se notarem algo suspeito, precisam procurar um profissional qualificado para examinar e solicitar exames, se necessário.

Quanto ao câncer de colo de útero, após iniciar a vida sexual, toda mulher deve realizar o Papanicolau.  A doença pode ser detectada pelo exame ginecológico e por sintomas do trato genital feminino, como o sangramento durante a relação. 
Depois da descoberta do câncer, quanto mais cedo o tratamento com um especialista for iniciado, melhor o prognóstico. “No caso do câncer de mama, o tratamento é individual, de acordo com o tipo de tumor diagnosticado,  e consiste em cirurgia, quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia e drogas de alvo molecular. Para o câncer de colo de útero, realizamos a cirurgia, a radioterapia associada à quimioterapia ou todas as modalidades de tratamento disponíveis”, ressalta Cleber Henrique Ferreira da Silva, (CRM: 104.684), cancerologista e mastologista, membro titular da Sociedade Brasileira de Cancerologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica e da Sociedade Brasileira de Mastologia. 

Quando se faz necessária a retirada da mama, a reconstrução é de grande auxílio psicológico à paciente, no período pós-operatório. “Para a mulher, é muito complicado perder um órgão tão importante, daí a necessidade da reconstrução imediata ou mais tardia, dependendo de cada caso. Esse procedimento é fundamental à autoestima, mas deve ser realizado por um profissional especializado”, avalia Paulo César Melucci (CRM: 56.407), cirurgião plástico, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e Cirurgião Plástico do IRPCc. 

Conforme Adilson Faccio (CRM: 48.329), oncologista clínico, membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica e doutor em oncologia pela Universidade de São Paulo, o tratamento do câncer deve ser realizado, desde o início, por uma equipe multidisciplinar, que participará de todas as etapas, do planejamento à reabilitação. “Deve ser planejado um acompanhamento nutricional, fisioterapêutico e psicológico, entre outros, que propiciarão a readequação da pacientes à vida normal. No caso do câncer de mama, a cirurgia plástica de reconstrução deve ser planejada desde o momento da mastectomia, em conjunto com o tratamento. A reabilitação deve ser pensada e planejada junto com o tratamento e implementada precocemente. A paciente retorna mais rapidamente às atividades cotidianas e tem mais confiança nos resultados do tratamento”, afirma o especialista.

Maristella Bergamo Francisco dos Reis (CRM 121 064) compõe essa equipe multiprofissional. Ela é oncologista pediátrica, mestra na área pela USP e médica assistente do Serviço de Oncologia Pediátrica do HCRP/FMRP-USP. “Com o planejamento conjunto, os resultados são mais satisfatórios e precoces”, conclui a médica.

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