"Guerreiro do Lixo" aponta solução para preservar o Aquífero Guarani
‘Guerreiro do Lixo’ aponta solução para preservar o Aquífero Guarani

"Guerreiro do Lixo" aponta solução para preservar o Aquífero Guarani

O arquiteto Mike Reynolds está em Ribeirão Preto apresentando projeto de residências sustentáveis

O arquiteto estadunidense Mike Reynolds, considerado o “pai da arquitetura sustentável”, apresentou para os ribeirãopretanos soluções para preservação de um de seus principais bens naturais, o Aquífero Guarani, com ideias de residências sustentáveis, que reaproveitam o lixo e o esgoto para que tenha o menor impacto possível no meio ambiente.

Reynolds, que participou do Fórum Permanente de Discussão sobre o atendimento em Saúde Mental, na manhã desta terça, 21, na Câmara Municipal, e que a partir de quinta-feira, 23, realiza um painel em um hotel da cidade, disse que tem trabalho para todos que queiram se envolver na ideia, para que possa perpetuá-la e cada vez mais conseguir novos adeptos.

O arquiteto é o criador de um estilo de construção conhecido como "Nave" (Earthship), que são prédios autossustentáveis feitos com materiais naturais e, além do meio ambiente, contribuem para resolver problemas de habitação, que assola tantas sociedades ao redor do planeta.

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Em sua apresentação, Reynolds mostrou como funcionam os seus modelos de residências sustentáveis, que reaproveitam materiais jogados no lixo, considerado por ele como “ouro” e utilização da água da chuva e reutilização da água que seria destinada ao esgoto.

“Nenhuma parte do esgoto vai para a rede do município. Junto com a água da chuva, esse líquido ficará armazenado em tambores. Ou seja, não vai prejudicar o seu Aquífero Guarani, que já está bastante depredado”, disse Reynolds, que trabalha com um sistema que o esgoto é tratado pelas raízes das plantas, e além de transformar a água, ajuda a nutrir as próprias plantas.

Reynolds acredita que o projeto deva ser passado de pessoa em pessoa para deixar um legado, que possa beneficiar não apenas os moradores destas casas, mas também o mundo. "Se ensinamos uma pessoa, podemos fazer com que esse processo seja repedido”, concluiu o arquiteto, que estima que cada residência sustentável custe aproximadamente US$ 25 mil, porém não conta com custos com mão-de-obra, já que são construídas por voluntários.


Foto: Divulgação

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