Sindicato dos Servidores de Ribeirão Preto convoca reunião para discutir reajuste salarial

Sindicato dos Servidores de Ribeirão Preto convoca reunião para discutir reajuste salarial

Assembleia geral será realizada na próxima sexta-feira, 28, na sede do Sindicato

Na próxima sexta-feira, 28, será realizada, na sede do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis, uma assembleia geral para discutir o reajuste salarial de 2020 para a categoria.

Na reunião, será discutida e formulada a pauta de reivindicações do funcionalismo municipal. Segundo Laerte Carlos Augusto, presidente do Sindicato, as propostas serão encaminhadas à Prefeitura, na segunda-feira, 2 de março.

O valor mínimo que os servidores devem pedir será o reajuste salarial de acordo com a inflação prevista para o ano. Para que, desse modo, o trabalhador não tenha o poder de compra do salário reduzido em relação à elevação dos preços no mercado.

A inflação prevista para 2020, segundo o Relatório Focus, divulgado pelo Banco Central no último dia 17, é de 3,22%. O número ainda pode sofrer oscilações ao longo do ano. A meta para 2021 é de uma inflação de 3,75%.

Apesar disso, o presidente do Sindicato disse que o valor da proposta ainda não está fechado. “Não [pediremos] só o reajuste referente da inflação, mas também de outras reivindicações importantes que ouvimos dos trabalhadores”, disse Augusto.

Por meio de nota, a Prefeitura informou que as tratativas com o Sindicato referente a data base de 2020 serão feitas em momento oportuno, "considerando a realidade fiscal e orçamentária do município", declarou. O Executivo não confirmou, contudo, se concederá o reajuste inflacionário. 

Situações distintas

Além da discussão salarial de 2020 que se aproxima, há ainda o impasse referente ao reajuste de 2019, que corre na Justiça. “São dois casos distintos, o de 2019 foi judicializado, pois não houve um acordo. O de 2020 será uma nova etapa”, explicou o presidente do Sindicato.

Em 2019, os servidores solicitaram 5,48% de reajuste. Sendo 3,7% de reajuste da inflação e mais 1,7% de aumento real. Contudo, a Prefeitura não concedeu nem o aumento real, nem o reajuste da inflação.

Dentre as justificativas que foram apresentadas, a que foi considerada uma das mais importantes foi o rombo no Instituto de Previdência dos Muncipiários (IPM).  A arrecadação do IPM, por parte da contribuição dos servidores, sofreu poucas alterações de 2012 para 2019. Contudo, as despesas aumentaram. Atualmente, são cerca de 9,3 mil servidores ativos para 5,9 mil aposentados e pensionistas.

No final do ano passado, a Prefeitura conseguiu aprovar uma proposta de reestruturação do IPM – que, dentro outras medidas, aumento as alíquotas de contribuição do servidor e da prefeitura –, além da criação de uma previdência complementar. Segundo o governo, o último pilar da reforma será parear as regras do instituto de Ribeirão Preto com a reforma da previdência nacional.


Foto: Sindicato dos Servidores Municipais

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