Personagens fictícios ganham vida em Ribeirão Preto

Personagens fictícios ganham vida em Ribeirão Preto

O ato de se caracterizar mostra que não é impossível ser aquele que sempre sonhou; Realizar a fantasia é um dos resultados do cosplay

Cosplay é a abreviação de costume play ou "representação de personagem a caráter", "disfarce" ou "fantasia". O termo refere-se a uma atividade lúdica praticada principalmente por jovens de todo o mundo, a qual consiste em disfarçar-se ou fantasiar-se de personagem real ou ficcional. Em Ribeirão Preto, não é diferente. Cosplayers se caracterizam e animam eventos de toda região. Alguns se tornam profissionais na arte de se transformar em um personagem.

Existem pessoas que através da maquiagem, interpretação, vestuário e demais técnicas exigidas pelo artista ou pelo personagem se tornam profissionais. Outras praticam esta arte americana no intuito apenas de se divertir ou prestar homenagem a algo que gosta. Todos estes são considerados artistas completos da sociedade contemporânea.

Leandro Ferreirinha, como é chamado, diz que para ele cosplay foi a porta de entrada para o que hoje é seu trabalho. “Comecei sete anos atrás e hoje sou cosplay profissional. Esta arte tem se tornado muito famosa em eventos de cultura japonesa, no entanto,  não sou muito adepto aos personagens orientais. Gosto de trabalhar com personagens de filme e de desenhos americanos", diz.

Ele conta que sua relação com a caracterização é ainda maior que apenas se fantasiar. “Comecei como cosplay, mas ao mesmo tempo, fiz teatro e sou animador de eventos, ator, palhaço, humorista, artista plástico e cosmaker, que é quem faz fantasias ou figurinos caseiros. Sempre procurei mesclar tudo o que eu queria e é claro, adoro personagens engraçados”, afirma.

Aos que ainda não conhecem esta prática, existem diferenças muito grandes em ser artista e ser cosplay. O cosplay se diverte e o faz por se tratar de um hobbie. Já o artista envolve interpretação, é importante haver capacidade de fazer com que as pessoas acreditem no personagem.

“Personagens do Johnny Depp estão entre os meus preferidos, já que sou grande admirador do ator. A cultura pop em si influencia nas minhas escolhas. Quem é que não conhece o capitão Jack Sparrow?”, finaliza Ferreirinha.

Além dos tradicionais personagens americanos, há ainda os que optam pela cultura oriental. Os mangás e animes japoneses estão sempre presentes em qualquer evento ou premiação que exista pessoas caracterizadas.

Livia Maria Souto conta que começou com suas interpretações em cosplay no ano de 2012. A principio fazia apenas por admiração, hoje demonstra todo seu amor por quem representa. “Me inspiro muito na Jessica Negri. Procuro jeitos fáceis de conseguir um resultado legal e bem parecido com o original. A única coisa é que todas as minhas perucas e lentes de contato eu importo de outros países. Existem lojinhas no Brasil que fazem este tipo de trabalho. Já sobre as roupas, sempre comprei os tecidos e com o auxilio de uma costureira os fazia. Acessórios monto com a ajuda dos amigos", detalha.

A garota lembra que para ela essa é uma experiência muito legal e única, que permite conhecimento e acesso e outras culturas. “Creio que hoje já exista uma demanda, este costume tem se instalado rápido no Brasil”, afirma a garota.

Desde os 15 anos de idade, outra garota chama atenção em Ribeirão com seu visual descolado e sua caracterização realista. Lorena Olaf Furter fala que cosplay é poder ser quem quiser, “os personagens que gosta, o vilão mais malvado, filmes, quadrinhos e desenhos que marcaram minha vida e que sempre me espelhei”, diz.

A jovem ressalta que não tem um padrão e interpreta apenas o que gosta. “Eu já fiz cosplay até de um curta que apenas saiu na internet, em meus 15 anos pedi o vestido da Bela Adormecida, que sempre foi minha princesa favorita”, relembra.

Para finalizar, Lorena se emociona ao citar o interesse que as crianças possuem quando se deparam com ela caracterizada. "É uma sensação incrível”.

Revide On-line
Pedro Gomes
Fotos: Divulgação

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