Em 1 ano, 12 mil postos de trabalho foram extintos na região

Em 1 ano, 12 mil postos de trabalho foram extintos na região

A indústria demitiu 7,3 mil pessoas a mais do que contratou; Sertãozinho é o município mais afetado

Desde setembro de 2014, quase 12 mil postos de trabalhos foram fechados na região de Ribeirão Preto. O setor que mais manda embora é o da indústria ligada ao setor sucroenergético, com 7,3 mil vagas extintas no último ano.

Números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, referentes a agosto deste ano, mostram que a indústria fechou 1,1 mil vagas só neste mês, disparado o setor que mais deixa desempregados na região. Só em Sertãozinho, foram 560 vagas a menos. Em 12 meses, foram 3,5 mil demissões.

De acordo com economistas da Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia (Fundace), as demissões da indústria da região são decorrentes de impactos negativos das empresas que fabricam máquinas e equipamentos e realizam obras de caldeiraria pesada.

Em Ribeirão Preto, o setor que mais demitiu nos últimos 12 meses foi o comércio, que extinguiu 1,7 mil empregos, mas a indústria (-1,4 mil) e a construção civil (-1,5 mil), não ficam muito atrás. Os serviços também demitiu bastante no último ano, já que foram mais de 600 postos de trabalho fechados.

Já apenas em agosto, as contratações seguiram tímidas. Serviços (108) e comércio (139) foram as únicas áreas que contrataram mais do que demitiram, porém são números bem inferiores aos registrados em agosto de 2014, quando só o setor de serviços criou 400 vagas em um mês.

Conforme divulgado recentemente pelo IBGE, a taxa de desocupação foi igual a 7,6% em agosto de 2015 - em julho de 2015 (mês imediatamente anterior) e em agosto de 2014 (mesmo mês do ano anterior), esta taxa havia sido igual a 7,5% e 5,0%, respectivamente.

“A taxa de desocupação registrada em agosto de 2015 é muito próxima da taxa vigente em 2008, ano marcado pela piora da economia. Contudo, se em 2008 havia espaço para o aumento do crédito, diminuição das taxas de juros e aumento dos gastos do governo, visando a manutenção do emprego, há espaço praticamente nulo para a execução destas mesmas políticas no contexto atual”, afirmam os economistas da Fundace.

Revide On-line
Leonardo Santos
Fotos: Arquivo Revide

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