Incentivos ao empreendedorismo aquece startups na região de Ribeirão Preto
Incentivos ao empreendedorismo aquece startups na região de Ribeirão Preto

Incentivos ao empreendedorismo aquece startups na região de Ribeirão Preto

Nova linha de crédito para pequenos empreendedores e definição de regras para investimentos apontam caminho para desenvolvimento das empresas

A Agência de Fomento Desenvolve SP lançou nesta terça-feira, 8, uma plataforma de financiamento para empresas de pequeno porte. Na nova linha de crédito, o valor máximo do financiamento é de R$ 75 mil por operação. A nova medida disponível no mercado animou empreendedores na região de Ribeirão Preto.

O empresário Victor Stabile, que tem uma empresa de desenvolvimento de softwares para computadores e smartphones, acredita que essas medidas permitirá que pequenos empreendedores sejam incentivados a investir, devido às baixas taxas de juros. “Achei muito bacana. Por essa taxa de juros vale a pena em relação a adiantar recebíveis como cartão de crédito, vai ajudar muita gente”, afirmou o empresário que vê uma nova possibilidade para manter a empresa caminhando.

Batizado de Crédito Digital, a iniciativa tem a intenção de fazer voltar a crescer a geração de empregos no Estado de São Paulo, a partir das micro e pequenas empresas, que são justamente as que mais empregam no país. Podem solicitar o financiamento empresas com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 16 milhões. A taxa de juros é a partir de 1,39% ao mês e prazo de pagamento de até 24 meses, incluindo um mês de carência.

Victor também destaca outras propostas que parte do Governo Federal, como a lei que regulamenta os investidores-anjo, sancionada pelo presidente Michel Temer (PMDB), na última semana. De acordo com a nova legislação, tanto pessoas físicas quanto empresas poderão ser um investidor-anjo, que não será considerado sócio nem terá qualquer direito a voto ou gerência, além de não responder por qualquer dívida da microempresa.

“Eu estou gostando destas medidas, inclusive me surpreendeu bastante a velocidade que as coisas estão mudando nos últimos meses, já que a nova lei para investidor anjo vai ajudar muito as startups a conseguirem financiamento para crescerem”, salienta.

O estudante e também empreendedor de uma startup de desenvolvimento de aplicativos, Gabriel Catarin, acredita que a medida foi a “melhor coisa que já aconteceu no ecossistema de startups nessa década”, isso porque, ele lembra que antes faltava clareza no assunto, o que poderia afastar possíveis investidores das ideias.

“O investidor-anjo ficava em uma situação delicada se a startup falisse ou tomasse um processo, pois o capital dele estava envolvido nisso diretamente, ele era um sócio direto. Em contrapartida ele fazia notas de mútuo conversível, que é o que a startup tem que pagar de volta para ele, isso para minimizar os riscos. Era ruim para todo mundo”, analisa Gabriel, que aponta que essa situação beirava a informalidade, que ele aponta que poderia ser perigoso para o investidor e também para o empreendedor, já que não havia segurança.


Foto: Marcos Santos

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