Por causa de feriados, varejo de SP deve perder mais de R$ 3,8 bi em 2017
Varejo de SP deve perder mais de R$ 3,8 bi em 2017 em razão de feriados

Por causa de feriados, varejo de SP deve perder mais de R$ 3,8 bi em 2017

Estimativa é da FecomercioSP; segundo análise da entidade, setor de supermercados deixará de faturar cerca de R$ 1,8 bilhão

O comércio varejista do Estado de São Paulo deve perder R$ 3,8 bilhões em 2017, por conta dos feriados nacionais e pontes, segundo estimativas da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Esse montante é 8,2% maior do que o dado projetado em 2016, principalmente pelo fato de que este ano haverá uma ponte a mais que no ano anterior e um destes feriados cairá em dia de semana. O feriado de 1º de maio, em 2016, foi celebrado no domingo e agora será na segunda-feira.

O setor de supermercados é o que deve contabilizar a maior perda, cerca de R$ 1,8 bilhão, cifra 8,9% maior em relação a 2016. Estima-se que o segmento de lojas de móveis e decoração perderá cerca de R$ 58 milhões, queda de 8,1% na comparação com 2016, sendo o único setor com variação negativa.

Já o segmento de farmácias e perfumarias deixará de faturar cerca de R$ 421,7 milhões, representando a maior variação em relação a 2016, com crescimento de 16,8%. Também devem registrar perdas os setores de lojas de vestuário, tecidos e calçados (R$ 381,8 milhões e 0,4% de crescimento em relação a 2016) e outras atividades (R$ 1,1 bilhão e 7,7% de alta).

Nos cálculos, a FecomercioSP desconsiderou os feriados estaduais e municipais que também prejudicam, em média, a atividade comercial. Na análise da Entidade, após dois anos de forte recessão econômica - com retrações de 3,8% em 2015 e 3,5% esperada para 2016 -  o número excessivo de feriados e pontes deveria ser revisto, a fim de contribuir no aumento da produtividade da economia.

Para os estabelecimentos que desejam abrir as portas nos feriados na tentativa de suavizar essas perdas, a Federação alerta para os custos adicionais (100% para trabalhos em feriados adicionados de cerca de 37% de encargos) para a empresa, o que pode inviabilizar essa opção. 


Foto: Pixabay

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