Ribeirão Preto tem o combustível mais caro do Estado

Ribeirão Preto tem o combustível mais caro do Estado

Pesquisa da ANP, analisada pela Fundace, aponta preços mais altos também em Franca, Presidente Prudente e São José do Rio Preto

Ribeirão Preto é um dos municípios que tem o combustível mais caro do estado de São Paulo.  Com uma estrutura distinta de custos, a cidade tem diferença em relação aos outros municípios decorrentes do diferencial de margem, entre preço pago pelos postos e o preço da bomba.

A constatação é do Boletim Combustíveis do Ceper/Fundace, editado pela primeira vez com base nos dados de preço coletados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), que realiza pesquisa semanal de preços em postos de combustíveis dentro de uma amostra que compreende 650 municípios em todo o Brasil, sendo 117 só no estado de São Paulo.

Na lista de municípios paulistas com maior preço médio dos combustíveis aparecem ainda Franca, Presidente Prudente e São José do Rio Preto.

Dentre os 229 postos pesquisados no município de Ribeirão Preto em fevereiro de 2015, o preço médio da gasolina ficou em R$ 3,344, um dos mais elevados no Estado. Já no caso do etanol, os preços ficaram na faixa de R$ 2,250.

“Apesar da região de a Ribeirão Preto possuir muitas usinas e canaviais, isso não impediu o etanol de sofrer forte aumento real de 11,2% em fevereiro”, avalia Luciano Nakabashi, um dos coordenadores do estudo.

Margem de lucro

Comparando os preços de compra do combustível junto às distribuidoras e o preço de venda para os consumidores, o aumento foi considerável: R$ 0,10 por litro em fevereiro em relação à margem média de Janeiro tanto para gasolina como para o etanol.

“Embora pareçam pequenos, esses aumentos representam, em média, uma elevação da ordem de 23,0% e 31,3%, respectivamente, na margem de lucro desses combustíveis”, ressalta o pesquisador.

Apesar do reajuste de 15% nos últimos quatro meses e do recorde de preço na região de Ribeirão Preto, a tentativa era de recompor um preço que estava defasado pela politica anterior do Governo Federal de controle da inflação.

A forte mudança nos preços decorrente dos reajustes aplicados no começo de 2015 deve-se, sobretudo, ao aumento do PIS/COFINS, que elevou o preço da gasolina em cerca de R$ 0,22 por litro, nas refinarias, impactando quase no mesmo montante o consumidor final.

Luciano Nakabashi, diz que os preços do etanol e da gasolina andam em trajetórias semelhantes. “A relação do preço entre os dois produtos tende a ficar entre 65% e 70%. Um diferencial maior ou menor do que este faz com que quase todos os motoristas migrem para somente um tipo de combustível”, ressalta.

Revide On-Line
Laura Scarpelini (Colaboradora)
Fotos: Arquivo Revide

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