Segunda maior queda na concessão de crédito em SP foi em Ribeirão Preto
Crédito diminuiu 9% na cidade; No Estado, Ribeirão Preto só é melhor do que Campinas
Ribeirão Preto é a segunda cidade no Estado de São Paulo que teve a maior retração nas operações de créditos em junho, segundo a Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia (Fundace), em boletim do crédito, divulgado nesta quinta-feira, 10.
A contração de empréstimos e títulos descontados foi de 17,7%, e financiamentos em geral de 12,2%. Os dados compilados do Banco Central (BC) mostram que as quedas acompanham a diminuição de empréstimos e investimentos em todo o País, que são as operações realizadas sem destinação específica, todas as regiões abordadas pelo boletim tiveram um decréscimo em junho.
Em Campinas, município que teve a maior queda, os empréstimos diminuíram 18,4%. Os financiamentos em geral também diminuíram na maior cidade do interior do Estado, com queda de 21,1%.
Em todo o Brasil, os empréstimos sofreram retração de 7,5%, movimentando R$ 729,9 bilhões no sexto mês do ano, já o financiamento em geral operou R$ 367,1 bilhões (-5,1%), e os empréstimos ao agronegócio chegaram a R$ 211,5 bilhões (-4,3%). Apenas os empréstimos imobiliários cresceram, com R$ 495,2 bilhões no mercado (14,7%).
Para os economistas responsáveis pelo estudo, os financiamentos imobiliários aumentaram em junho “pela necessidade de financiamento de lançamentos passados que ficaram prontos para entrega e, portanto, demandam crédito para a entrega do imóvel”.
Menos crédito em Ribeirão
As operações de crédito diminuíram 9% em Ribeirão Preto, movimentando, no total, R$ 14,3 bilhões. Os empréstimos para o agronegócio, modalidade que apresentou a menor queda em dinheiro, movimentou R$ 4,3 bilhões, com retração de 11,6%.
Os financiamentos em geral, que são as operações realizadas com destinação específica, receberam R$ 2,3 bilhões no município, com queda de 12,2%. A maior queda proporcional, de empréstimos e títulos descontados, gerou R$ 4,2 bilhões.
Na região, as operações de crédito foram 8% menores, empréstimos e títulos descontados caíram 16%, financiamentos em geral 12,3%, e agronegócios 10,2%. E assim como nas outras regiões, empréstimos imobiliários cresceram 8,9%.
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Fotos: Arquivo Revide
