Nota do Enem pode ser usada para engresso em universidades portuguesas

Nota do Enem pode ser usada para engresso em universidades portuguesas

MEC firma parceria com Instituto Politécnico do Porto, para estudantes usarem a nota do exame no processo de seleção

Brasileiros que pretendem estudar fora do País ganharam mais uma oportunidade de realizar este sonho. O Instituto Politécnico do Porto (IPP), em Portugal, firmou parceria com o Ministério da Educação (MEC) na semana passada, que permite que os estudantes utilizem a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no processo de seleção da universidade.

Para ingressar no IPP, os estudantes devem pagar um valor anual que varia entre 1,5 euros e 2,5 euros, dependendo do curso escolhido, que tem como opções em engenharia, contabilidade e administração, gerenciamento, turismo e hospedagem, estudos industriais, tecnologia, educação, música e artes performáticas e ciências da saúde.

As inscrições devem realizadas no site do IPP.

Outras quatro universidades portuguesas têm parcerias com o MEC para o uso das notas do Enem para o ingresso nessas instituições, que são as universidades de Coimbra e Algarve, os institutos politécnicos de Leiria (IPL) e de Beja (IPBeja).

USP também vai usar

Além das instituições de ensino estrangeiras, a novidade do Enem 2015 é a adoção do exame, por parte da Universidade de São Paulo (USP), para o preenchimento de algumas vagas disponíveis.

As vagas que pertencem ao Sistema de Seleção Unificado (Sisu) chegam a 13,5% do total de graduações ofertadas pela USP, sendo 1.489 vagas destinadas para o ingresso com a nota do Enem.

São 413 vagas na área de ciências exatas e tecnologia, 348 em ciências biológicas e 728 em humanidades. Dos 143 cursos de graduação da universidade, 85 vão aderir ao exame.

Queda de inscrições

Esta edição do Enem teve 8.478.096 inscrições, 10,67% a menos que no ano passado, quando o número de inscritos chegou a 9,5 milhões.

De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Educação (MEC), é a primeira queda em relação ao ano anterior desde pelo menos 2011.

O ministro da educação, o filósofo Renato Janine Ribeiro, acredita que a diminuição nas inscrições se deve ao fato de muitos candidatos “não terem certeza de que farão o exame”.

Já que o MEC estabeleceu que os isentos que não fizerem o exame este ano e não justificarem, não terão isenção no ano que vem. O número de candidatos que solicitaram isenção por carência representa 43,9% dos inscritos, cerca de 3,7 milhões de pessoas, redução de 52,5% em relação ao ano passado.

Além disso, também houve reajuste na taxa de inscrição da prova, que passou de R$ 35,00, desde 2004, para R$ 63,00.

Revide Online com informações do Ministério da Educação
Foto: Arquivo Revide

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