Dois exemplares de veado catingueiro nascem no Bosque/Zoo Fábio Barreto
Dois exemplares de veado catingueiro nascem no Bosque/Zoo Fábio Barreto

Dois exemplares de veado catingueiro nascem no Bosque/Zoo Fábio Barreto

Encontrada desde o Sul do México até o Norte da Argentina, no Brasil, a espécie está em todos os biomas, desde florestas densas contínuas a savanas abertas

Entre tantos nascimentos que ocorreram no ultimo mês, o Bosque/Zoo Fábio Barreto registrou mais dois neste mês de fevereiro. Desta vez foram filhotes de veado catingueiro que somarão às 10 espécies que já habitam o local.

“No Zoológico Municipal temos dez exemplares adultos, sendo que seis chegaram à nossa instituição devido à ação humana. Alguns chegaram filhotes órfãos, pois perderam suas mães, em queimadas de canaviais, outros que foram vítimas de atropelamento. Esses são apenas mais alguns dos filhotes nascidos no Zoológico, onde temos frequente sucesso reprodutivo da espécie. No último ano tivemos o nascimento de mais quatro filhotes. Tanto os filhotes quanto os adultos podem ser vistos no recinto próximo ao bebedouro central”, explica Alexandre Gouvêa, chefe do Bosque/Zoo Fábio Barreto.

Espécie

Encontrada desde o Sul do México até o Norte da Argentina, no Brasil, a espécie está em todos os biomas, desde florestas densas contínuas a savanas abertas, com pequenas e poucas manchas de mata, mas sempre associado a florestas para abrigo e alimentação.

São animais tímidos e esquivos, uma vez que são presas constantes de onças, pumas, cachorros-do-mato e, principalmente, do homem. Alimentam-se de frutas, flores e folhas e sua capacidade adaptativa é provavelmente alta, pois a espécie parece ocupar com bastante sucesso áreas desmatadas e agrícolas, mesmo quando próximas ao homem. A fêmea produz filhote após uma gestação de aproximadamente sete meses, com ocorrência de cio pós-parto, refletindo a falta de sazonalidade reprodutiva.

Uma fêmea pode ter duas gestações em um mesmo ano. Os filhotes nascem pintados e as manchas começam a desaparecer do quarto até o sexto mês. Ficam escondidos na vegetação densa nas primeiras semanas de vida e permanecem com a mãe durante oito meses ou até o nascimento da próxima cria. A desmama ocorre por volta do 3° ao 4° mês de vida. Assim como a maior parte das espécies de cervídeos é unípara, ou seja, gera apenas um filhote por gestação, embora a ocorrência de gêmeos já tenha sido descrita.

Em algumas áreas, esta espécie pode estar ameaçada pela caça, por doenças transmitidas por animais domésticos e pela perda e destruição de habitat.


Foto: FL Piton

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