Metade dos paulistas não pratica exercícios físicos
Segundo pesquisa, 48% das pessoas que vivem na região metropolitana de Campinas e em Ribeirão Preto leva uma vida sedentária
Um levantamento realizado pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) analisou que quase metade dos paulistas, 48%, não pratica atividades físicas em seu dia a dia, sendo que o exercício físico considerado não é apenas fazer academia, correr e nadar.
Na pesquisa, foram considerados itens como uma caminhada diária ou um trabalho que exija esforço físico, desde que alcancem 150 minutos por semana. Como o dado foi considerado alarmante pela Fundação Seade, foi preciso analisar os números relativos ao Estado de São Paulo de pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre saúde.
Segundo o chefe da divisão de produção da Seade, Roberto França, esse dado chama a atenção para a necessidade de políticas públicas que incentivem a atividade física até pelo efeito amplo dela em melhoria na saúde da população.
Na região de Ribeirão Preto e Campinas não é diferente. De acordo com uma pesquisa de 2012, encomendada pela Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) ao Instituto de Pesquisas Datafolha, metade das pessoas que vivem na região metropolitana de Campinas e em Ribeirão Preto leva uma vida sedentária.
Dos 286 entrevistados de 115 cidades das regiões de Campinas e Ribeirão Preto, 137 - 48% do total - informaram não fazer nenhum tipo de atividade física com pelo menos uma hora de duração em ao menos um dia da semana.
A educadora física da Cia Athletica de Ribeirão Preto Suzana Mendes Perticarari destaca que um dos motivos que faz com que quase metade dessas pessoas não pratique atividades físicas é a falta de interesse. “Muitas pessoas não sabem o quanto é importante praticar a atividade física, mas outros têm conhecimento suficiente, porém deixam a preguiça agir primeiro”, diz.
Ela comenta que é melhor praticar uma atividade física, do que ter problemas de saúde futuramente.
Sedentarismo
A pesquisa do Socesp mostra também que as mulheres são mais inativas do que os homens: 57% delas não se exercitam periodicamente. Entre o sexo masculino, o número cai para 42%. Os mais velhos também são menos ativos.
Sem praticar nenhum tipo de exercício desde abril do ano passado, a analista de recursos humanos Luciana Santos Figueiredo, 22 anos, conta que não pratica atividade física pela falta de tempo. “Eu saio cedo para ir trabalhar em outra cidade e quando chego à minha cidade local, já tenho que ir a faculdade. E nas horas vagas quero descansar e fazer as minhas atividades da faculdade”, comenta.
A caminhada e a corrida são as modalidades de exercícios mais comuns da população, porém nem essas práticas estão na lista de exercícios da auxiliar administrativa Rubia Regina Bomfim Becare, 23 anos.
Ela relata que consegue perceber o prejuízo da falta de exercícios, que não pratica há dois anos, quando parou de fazer musculação e aeróbica.
“Sinto muito cansaço e dores nas costas e, quando fazia atividades físicas, percebia que me meus problemas como nervosismo e ansiedade eram controlados”, lembra.
A educadora física afirma que a diabetes, a hipertensão e o colesterol alto também são males associados à falta de exercícios. “Pelo menos meia hora deve reservada para fazer um exercício físico, como um alongamento, caminhada, entre outras modalidades”, aconselha. Ela finaliza que fazer atividades físicas é sinônimo de boa saúde.
Fotos: Arquivo Pessoal e Arquivo Revide
