MP investiga destino do dinheiro de casal golpista
Casal é acusado de praticar estelionato por meio de site de compras; mulher está presa e homem está foragido
O Ministério Público está em busca de descobrir o destino do dinheiro de Michel Pierri de Souza Cintra, marido de Viviane Boffi Filho, presa nesta terça-feira, dia 1º, acusada de estelionato, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Michel está foragido. De acordo com a investigação do MP, a mulher era diretora do site de compras coletivas Pank, por onde aplicava os golpes e que acumula cerca de 42 mil reclamações.
A denúncia conta os dois aponta que os golpes aplicados podem somar R$ 100 milhões. “Ele (Michel) retirou todo o dinheiro de suas contas bancárias e agora queremos saber para onde foram esses recursos. Se foi depositado em alguma outra conta ou se está guardado em algum lugar. Vamos quebrar o sigilo bancário para descobrir”, disse o promotor Aroldo Costa Filho, responsável pelo caso.
Segundo o promotor, que nesta quarta-feira, dia 2, ouviu algumas pessoas sobre o inquérito, há informações que Michel possui outros quatro imóveis que ainda precisam ser localizados. Ele informou também que o inquérito está praticamente pronto e, em seguida será oferecida denúncia contra os dois.
A empresa Pank está com seu site fora do ar, mas uma outra empresa que pertenceria ao casal, a IBS Digital continua com seu site no ar. “Eles fecharam o site da Punk e estavam trabalhando aparentemente de forma lícita ultimamente”, afirmou o promotor, que nesta quarta-feira ouviu uma empresária que teria sido procurada pelo casal, que ofereceu serviços. “A empresária desconfiou e não fechou o contrato”.
O inquérito que apura o envolvimento do casal tem cerca de dez anos e envolve vítimas de todo o Brasil que registraram boletins de ocorrência e novas provas começam a aparecer. Depois que soube da prisão de Viviane, uma pessoa enviou um e-mail ao promotor informando quem em 2004 trabalhou com o casal, que já aplicava golpes.
Além de Viviane e do marido dela, o MP investiga o envolvimento no crime de outras quatro pessoas. Ela foi presa no Jardim Irajá, onde funciona a IBS Service em um prédio do Jardim Irajá, sem qualquer identificação na fachada. O site da empresa, que atua no segmento de marketing digital, continua no ar, com informações sobre os serviços prestados.
Revide On-line
Fotos: Ibraim Leão e Arquivo Revide
