Investigada pela Operação Sevandija diz que sofreu chantagem
Investigada pela Operação Sevandija diz que sofreu chantagem

Investigada pela Operação Sevandija diz que sofreu chantagem

Maria Zuely Librandi reclama que prisão é injusta; advogado diz que prorrogação da detenção temporária é uma “forma moderna de tortura”

O advogado de Maria Zuely Librandi, Luís Carlos Bento, disse que a cliente está presa injustamente, e que só foi incluída no inquérito por ter sofrido chantagem. Maria Zuely é uma das 13 pessoas detidas pela Polícia Federal e que é investigada pelo Ministério Público Estadual, na Operação Sevandija, que apura fraudes em licitações e compra de apoio político, em Ribeirão Preto.

Bento conta que entrou em contato com a ex-advogada do Sindicato dos Servidores Muncipais na segunda-feira, 5, na sede da Polícia Federal, em São Paulo. Ele disse que Maria Zuely foi vítima do tráfico de influência. O advogado ainda afirma que ela passou a versão dela ao defensor, afirmando que teria sofrido chantagem de pessoas que “não devem ser identificadas no momento”, em razão das investigações. Segundo ele, a denúncia já está nas mãos do Ministério Público Estadual.

“Ficou claro que ela era chantageada. Pois, na verdade, ela está sendo vítima, e não tem nada a ver com esses acordos escusos, com tráfico de influencia e fraudes em licitações. Ela tinha o direito de receber os honorários de uma ação que ela entrou em nome do sindicato em 1997. Alguns espertalhões ficaram sabendo que ela estava recebendo, e começaram a chantageá-la. Ela foi vítima do tráfico de influência. Ela não teve nada a ver com essas falcatruas”, afirmou Bento, que aponta que entrará com um pedido de recurso, para derrubar a prorrogação da prisão temporária proferida pela Justiça na segunda-feira, 5, e considerou a atitude do juiz uma forma moderna de tortura.

Nesta semana, foi divulgado o áudio de uma conversa entre Maria Zuely Alves Librandi com o advogado Sandro Rovani Silveira Neto, que defende o Sindicato dos Servidores. A advogada reclama ao colega que estaria sendo cobrada. Em determinado momento ela diz que já havia repassado quase R$ 2 milhões a um funcionário da prefeitura. A advogada já recebeu de honorários mais de R$ 37 milhões, entre 2013 e 2016.


Foto: Pedro Gomes

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