Polícia Federal ouve depoimento de mais dois secretários municipais
Prestaram informações Guilherme Silva, secretário da Administração, e Marcus Vinícius Berzoti, da secretaria de Governo e da Casa Civil
Mais três agentes políticos da gestão Dárcy Vera (PSD) foram chamados a depor na sede da Polícia Federal, em Ribeirão Preto, na manhã desta quarta-feira, 21.
O primeiro foi Guilherme Henrique Gabriel da Silva, secretário municipal da Administração, Thomaz Perianhes Júnior, diretor do departamento de Recursos Humanos – que chegou na sequência – e por último Marcus Vinicius Berzoti, que acumula as funções de secretário de Governo e da Casa Civil, após a prisão de Layr Luchesi Jr.
O Portal Revide não encontrou Guilherme Silva e Thomaz Júnior na sede da PF, mas, Berzoti acredita que eles tenham sido intimados a depor pelo mesmo motivo.
Esclarecimentos
Berzoti atuava como auditor interno da secretaria municipal da Fazenda no período em que foi firmado um acordo para o pagamento dos 28,35% – em compensação a defasagem promovida pelo Plano Collor – a servidores públicos. “Fui intimado a depor em função daqueles cálculos do 28,35%. Na época fizemos algumas planilhas. O assunto tratado no depoimento foi basicamente esse”, explicou.
Segundo o secretário, a Polícia Federal questionou sobre a maneira que os pagamentos, referentes ao acordo e aos honorários advocatícios de Maria Zuely Alves Librandi, que atuava no caso, foram feitos. Com o acordo, a advogada recebia cerca de R$ 971 mil por mês.
Desconhece
Perguntado sobre o possível pagamento de propina por parte de Maria Zuely, Berzoti disse: “essa é uma pergunta que eu também gostaria de saber. Se realmente for comprovado que ela pagava propina, também não consigo entender, e não tenho conhecimento. Tenho ciência apenas do pagamento que a prefeitura mensalmente tem que fazer em função do acordo judicial”.
Os pagamentos a Maria Zuely deveriam ser feitos até agosto de 2018, contudo, foram suspensos. “A prefeitura foi informada sobre uma decisão judicial de que todo o pagamento para o escritório Librandi&Librandi está suspenso a partir de setembro”, concluiu.
Foto: Portal Revide