Câmara recebe pedido de cassação de mandato da prefeita Dárcy Vera

Câmara recebe pedido de cassação de mandato da prefeita Dárcy Vera

Autor do pedido solicita que vereadores façam em 25 dias o que não fizeram antes; gravação da prefeita é citada em documento

O cientista político Igor Lorençato protocolou nesta terça-feira, 8, na Câmara Municipal, um pedido de Comissão Processante para a cassação da prefeita Dárcy Vera (PSD), presa na carceragem da Polícia Federal de São Paulo desde a última sexta-feira, 2, acusada de prática de crimes como Chefe do Executivo. Nesta terça-feira ela foi transferida para o presídio feminino de Sant'Ana onde aguarda vaga para ser transferida para o presídio de Tremebé.

A presidente em exercício da Câmara, Gláucia Berenice (PSDB), leu o pedido e o encaminhou para a Coordenadoria Jurídica. Após parecer da Coordenadoria, a Comissão pode ser instalada ou não. Não haverá prazo para o encerramento da comissão até o final do mandato da prefeita e dos vereadores, já que a tramitação tem prazo de até 60 dias e o trâmite é demorado.

Lorençato argumenta em seu pedido que a prefeita cometeu vários crimes e teve as contas de 2012 e 2013 rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e pela Câmara Municipal. E que a prefeita teve sua prisão requerida pela Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo. Ele pede que os vereadores façam em 25 dias o que não fizeram até agora. No ano passado, outro pedido de cassação foi protocolado, mas acabou arquivado pela Câmara.

No pedido de Comissão Processante, Igor Lorençato registra conversa da prefeita com o ex-secretário da Administração Marco Antônio dos Santos, que também está preso, onde ela fala do vereador Evaldo Mendonça, o Giló (PTB), seu genro e que também está afastado de seu mandato, para dizer que ele vota contra e está cheio de gente no governo. E ameaça paralisar obras de recapemento no Ipiranga, bairro onde o vereador mora etem base eleitoral.

“Claramente a chefe do Executivo tenta controlar a Câmara Municipal sob a égide de uma suposta base aliada, medindo forças e chantageando, com a suspensão de serviços de infraestrutura essenciais aos munícipes”, registra parte do documento.


Foto: Guto Silveira

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