Tribunal de Justiça não designa juiz para substituir prefeita Dárcy Vera

Tribunal de Justiça não designa juiz para substituir prefeita Dárcy Vera

Despacho de presidente do TJ registra texto da Lei Orgânica que aponta o secretário de Governo como responsável pelo expediente da Administração

O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), Paulo Dimas de Bellis Mascaretti, deixou de designar qualquer magistrado para assumir a prefeitura no lugar da prefeita Dárcy Vera (PSD), que está presa desde o último dia 2, acusada de peculato, estelionato e associação para o crime. Ela também está afastada de suas funções públicas.

Como o vice-prefeito Marinho Sampaio (PMDB) renunciou ao mandato para não assumir o cargo, a linha sucessória prevê que o substituto seria o presidente da Câmara Municipal, Walter Gomes (PTB), que também está suspenso de suas funções públicas e, logo, fora do mandato.

A presidente interina da Mesa Diretora, Gláucia Berenice (PSDB), alega que não pode assumir porque não é a presidente, mas a 1ª secretária da Casa. Ela não foi encontrada na noite desta quarta-feira, 7, para comentar a decisão do presidente do TJ-SP.

O presidente do TJ-SP parece não ter todas as informações a respeito da situação da Administração e, por isso, determinou que seja cumprido o artigo 65 da Lei Orgânica do Município (LOM) que prevê a atuação do secretário de Governo como responsável pelo expediente.

O secretário de Governo, no entanto, tem funções limitadas. Não pode, por exemplo, sancionar leis ou baixar decretos como o que reajustaria os valores de impostos e taxas para o próximo ano. Também não poderá sancionar a Lei Orçamentária anual (LOA), que deverá ser aprovada pelos vereadores antes do recesso de final de ano.

Também não poderá exonerar servidores de cargos em comissão, o que deve ocorrer no final do governo, para que a nova equipe possa ser nomeada.


Foto: Arquivo Revide

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