Aliados à tecnologia, jovens se transformam em inventores

Aliados à tecnologia, jovens se transformam em inventores

Adolescentes da região criam hardwares e softwares em prol da sociedade

A tecnologia se propaga a pessoas de todas as faixas etárias possíveis e, por isso, diversas vertentes têm atraído os novos talentos da região. Com um ramo bem promissor financeiramente, jovens tem encontrado espaço no mercado de trabalho na criação de aplicativos. Alguns chegam a criar seu próprio aparelho para produzir suas ferramentas de trabalho.

Um estudante de 14 anos prova que sua idade não é pequena demais para sua criatividade. O garoto Leonardo Bugory desenvolveu, no início deste ano, sua própria impressora 3D.

Segundo o menino, a ideia surgiu em uma necessidade de usar ferramentas e peças diferentes para montar outros projetos manuais. “Com o hardware pronto poderia desenvolver cada uma delas”, afirma Bugory.

O jovem ainda ressalta que gostaria de trabalhar na área de desenvolvimento tecnológico em seu futuro e que todo projeto apresentado foi inspirado no “RepRap”, que são pessoas ao redor do mundo que criam e postam fotos das impressoras em redes sociais. “Deparei-me com uma impressora 3D profissional e logo comecei a pesquisar e montar para me ajudar com novos projetos”, disse o garoto.

Profissionais futurísticos

Luis Eduardo Nery Santos é o criador de três aplicativos que têm ganhado destaque na região de Ribeirão Preto. Os aplicativos Aladdin – Clash of Dragon, Pigeon – Birds Avengers e Turma do Esperto retratam histórias diferentes e são destinados a todas as idades. “Temos três apps, publicados na Google Play Store, o primeiro jogo respectivamente é baseado na história original do Aladdin, onde o jogador controla o personagem que é enviado pelo seu tio a uma caverna amaldiçoada, em busca da Lâmpada Maravilhosa. Já o segundo jogo game é sobre um pombo que quer se vingar dos seres humanos que destruíram a sua floresta e recuperar o seu lar. Por fim, o terceiro é um jogo educativo para crianças de até cinco anos de idade, neste app as crianças aprendem brincando", conta.

Santos diz que desde a infância sempre gostou de desenhar, criar histórias e jogar muito vídeo game. “Um dia encontrei um panfleto da Barão de Mauá, que falava a respeito de uma nova graduação, que até então eu só sabia da existência nas grandes capitais, como São Paulo e Rio de Janeiro, o curso de Tecnologia em Jogos Digitais, sendo assim, abandonei o curso de Computação que prestava na época e me formei em Jogos Digitais”, diz.

Ele ainda conta que a ideia de criar os aplicativos surgiu na faculdade, já que a cada final de semestre seu grupo criava projetos de jogos utilizando os conhecimentos adquiridos naquela época. “Devido à menor complexidade em desenvolver um jogo bonito e ao mesmo tempo divertido, passei a me interessar ainda mais, e foquei no desenvolvimento de jogos e aplicações para dispositivos móveis. Hoje eu faço diversos jogos por encomenda para empresas e tenho alguns apps publicados na Google Play Store”, afirma.

Atualmente, Santos desenvolve um novo jogo que foi aprovado pelo Ministério da Cultura, através da Lei Rouanet (lei federal de incentivos fiscais). O nome do projeto é Smart Biome Stones, um game para PC, que será distribuído a nível mundial, por plataformas de venda de jogos internacionais como Steam e a brasileira Nuuvem.

“Estamos procurando patrocinadores que queiram ter a sua marca exposta e visam o mercado nacional e/ou mundial, já que este projeto terá grande visibilidade por se tratar do segundo jogo digital financiado pela Lei Rouanet e pela qualidade surpreendente do mesmo”, explica o jovem.

Tecnologia em prol do bem

Nascido em Santa Rita do Passa Quatro, mas desde o início do ano residindo em Cravinhos, Eliseo Fernandes, é o autor de um aplicativo que tem ajudado muitos estudantes da região. De uma ideia que surgiu no término da faculdade a um sucesso de acessos nas plataformas online, o app é um sistema de aprendizagem móvel, cujo objetivo é prover ensino aos interessados que buscam atualizar seus conhecimentos sobre o tema de Iridologia e também potencializar a disseminação de conhecimento sobre esta área. Os usuários em sua maioria são graduandos (jovens entre 18 e 30 anos), sendo também de usufruto a profissionais de saúde e pacientes. Todos estes podem utilizar o sistema para consultar informações e atualizar seus conceitos específicos sobre a área da Iridologia. 

“Meu orientador de TCC, Nemesio Freitas Duarte Filho, apresentou a proposta de criar um curso, no formato de m-learning (aprendizagem móvel), com foco no tema de Iridologia, pois sua esposa, Maria Izabel Marim Pita, tinha muita dificuldade de passar este conteúdo aos seus alunos de Estética”, relembra Fernandes.

Todas as informações sobre a Iridologia estão no aplicativo e são divididos em tópicos. Com uma didática fácil de aprender e compreender, o aplicativo apresenta 11 tópicos, sendo eles: “Motivação”, “Introdução”, “História”, “Fundamentos”, “Conceitos”, “Mapas”, “Constituições”, “Debilidades”, “Exemplos”, “Referências” e “Simulado”. Os tópicos foram divididos, e estes estão disponibilizados de uma forma sequencial, permitindo uma navegação de conhecimento de maneira progressiva, o que viabiliza a aprendizagem por níveis básicos, intermediários e avançados. O mesmo é offline e multiplataforma, ou seja, funciona em qualquer sistema operacional, como: IOs, Android, Windows e MacOs.

O aplicativo Iridologia foi selecionado em diversos programas de incentivos a novas tecnologias, entre eles FbStart, Microsoft BizSpark e Google launchpad. “Atualmente estou tentando ingressar em um mestrado com a proposta de "aprimorar" o app Iridologia, possibilitando um pré-diagnóstico de imagem, baseando-se nos conceitos da área”, finaliza.

Iridologia é o estudo da íris através de análises das alterações existentes, representadas por raios, desenhos, pontos, buracos ou mudanças de cores, revelando, assim, estados físicos e emocionais.

 

Fotos: Divulgação

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