Jovens da região querem ser profissionais dos games

Jovens da região querem ser profissionais dos games

Campeonatos oferecem prêmios de milhões aos melhores de todo planeta

O mercado de jogos on-line tem incomodado a indústria de games tradicionais, que movimenta gerações desde 1974, com o lançamento do Magnavox Odyssey - o primeiro console de jogos popular no mundo. Nos tempos atuais, tanto os videogames como os computadores permitem uma interação entre jogadores de todo o mundo. Alguns chegam a lucrar e disputam partidas transmitidas em canais pelo Youtube ou pela tevê.

O jogo que mais tem conquistado fãs ao redor do planeta, desde sua criação em 2009, já há algum tempo, é conhecido por seus atletas/jogadores como LOL, seu nome oficial é League of Legends ou Liga das lendas em português.

Em qualquer pesquisa de jogos para PC realizada atualmente, League of Legends figura sempre na primeira colocação. Mais de 1,3 bilhão de horas é gasto no jogo todo mês. Atualmente o game conta com 27 milhões de jogadores diários e 67 milhões acessam o seu conteúdo pelo menos uma vez por mês. A empresa responsável ainda não divulgou a quantidade de jogadores.

O sucesso é tão grande que estima-se que LOL renda anualmente cerca de US$ 1 bilhão a seus criadores. Além disso, o jogo é a principal audiência no site de streaming de vídeo Twitch.tv, representando sozinho cerca de 26% da audiência total.

E não é preciso trabalhar na empresa de criação para ser bem sucedido com a plataforma. Muitos jogadores já venceram torneios e ganharam premiações expressivas. No campeonato mundial, realizado na Coreia do Sul, em outubro de 2014, a premiação total foi de dois milhões de dólares. A final aconteceu em Seul, em um estádio com 45 mil pessoas assistindo ao vivo e mais oito milhões de pessoas assistindo via streaming.

Adepto ao game há quatro anos, João Pedro Urzedo conta que o objetivo principal é simples. “Ser mais forte que seu adversário”, diz. O jovem de 19 anos afirma que a plataforma deste game é diferente de um RPG convencional, em que o personagem fica em mundo aberto sobrevivendo e evoluindo. “Separado em partidas, o LOL será jogado basicamente com semelhanças em todas as disputas do jogador. Mas, com a variedade de personagens diferentes e com combinações diferentes, o jogo fica mais interessante”.

Dividido em níveis, o League of Legends possui duas etapas: A primeira marca a trajetória do jogador pelo nível um até o 30, assim é possível conhecer o ambiente jogado. Depois tem o sistema de ranking, em que pessoas em diferentes posições podem se enfrentar. Nesta etapa ocorrem batalhas entre amadores e profissionais, separados em seis modalidades. O bronze nomeia os iniciantes enquanto o desafiante é o título dado aos mais fortes, geralmente profissionais.  

Urzedo está atualmente no nível diamante, que é apenas um abaixo do desafiante. O garoto diz que não apenas o LOL, mas se aventurar em qualquer outro jogo pode ajudar uma pessoa no aspecto de diversão. “Porém, tem de ser moderado, tudo em excesso faz mal, pode acabar lhe prejudicando de alguma forma”, pondera.

Existem ligas gigantescas que permitem a entrada de patrocínios e equipes que vivem dos jogos. Entretanto, no caso do LOL, o participante tem de abrir mão de muitas coisas, já que são necessários trabalhos árduos em uma sede de São Paulo, a qual todos os finais de semana recebe os times em um espaço transmissivo para todo o público. Estes locais são chamados de Gaming House.

Outro atleta nesta modalidade de destaque em Ribeirão Preto joga pela internet desde 2009, quando tinha 11 anos. Guilherme Lataro conta que sua primeira participação no LOL foi no final de 2012 e hoje seu nível, assim como João, é Diamante.

“As pessoas devem jogar com um certo controle, apenas para se divertir. Em outros casos, se o objetivo for a profissionalização do game, seria necessário ter várias horas de treinamento na semana para desenvolver uma boa estratégia de combate nas competições", finaliza Lataro. 

Revide Online
Pedro Gomes
Fotos: Divulgação

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