Ribeirãopretana relata tensão durante ataques em Paris

Ribeirãopretana relata tensão durante ataques em Paris

Outro turista, também da região, manteve viagem à França um dia depois do atentado; No país, conta dificuldade para conhecer pontos turísticos

A ribeirãopretana de 22 anos Mariana Caran Rossi, que está fazendo intercambio em Evry, uma vila situada 26km a sudeste de Paris, estava na capital francesa quando aconteceu o atentado que deixou 129 mortos e 352 feridos, na ultima sexta-feira, 13.

Mariana conta que no momento em que os atentados começaram, estava em um bar com as amigas. O local fica a 45 minutos de um dos atentados e ela só percebeu o que estava acontecendo quando uma de suas amigas recebeu a ligação de familiares perguntando se estava tudo bem.

“Soubemos da notícia pelo celular, pois, a partir disso os meus amigos que estavam com conexão com a internet começaram a checar para ver o que realmente estava acontecendo. Vimos que os atentados estavam em várias partes de Paris”, disse. Ela afirma ainda que o bar em que estava precisou ser fechado, por conta do toque de recolher.

“Um cidadão francês que passava pela rua disse que éramos um grupo muito grande e que devíamos nos dispersar, porque poderíamos ser alvo de um dos atentados,” conta.

Mariana ressalta que ela e os amigos ficaram com medo, mas precisavam manter a calma para pensar em uma maneira de voltar para a casa.  “Conseguimos um táxi que estava passando na rua e, felizmente, voltamos bem para Evry,” afirma.

Reação

Com o coração preocupado, mas confiante, a jovem relata que tentava ajudar as amigas passando tranquilidade e, teve a sensação que a sua mãe estava em oração por ela. “Estava com uma sensação de que nada aconteceria comigo, pois, conseguia sentir minha mãe rezando por mim”, comenta.

Mariana também levou seus pensamentos às famílias das vitimas que o ataque causou em Paris.  “Fiquei pensando em todas as vítimas, em todas as famílias que estavam tentando contatar seus filhos, mas, nunca iriam receber notícias vinda dos mesmos dizendo que estavam bem”, conclui. Ela completa que volta ao Brasil dia 2 de fevereiro quando termina o seu intercâmbio.

Viagem mantida

No caso do médico Heros Melo Almeida, de 28 anos, a decisão foi por manter a viagem marcada, mesmo após os atentados de Paris. Almeida viajou à capital francesa no sábado, dia seguinte aos ataques. A passagem por Paris seria curta e se encerrou nesta terça-feira, 17, por se tratar de um roteiro pela Europa. O médico, natural da região de Ribeirão Preto, confessa que ficou com medo de manter a viagem, mas, como ela estava marcada e comprada, não haveria como adiar.  

Em Paris, ele conta que não foi possível conhecer todos os lugares que gostaria. "Vários lugares estavam fechados, as principais atrações turísticas. Tem polícia e exército para todo lado e todos fortemente armados. O clima está um pouco pesado, mas as coisas estão voltando aos poucos aqui", relata.

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Laura Scarpelini
Fotos: Arquivo Pessoal

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