Estação Catedral continua vetada

Estação Catedral continua vetada

Padres, empresários e fiéis comemoram a rejeição dos vereadores ao veto total do Executivo à lei que proíbe qualquer construção no quadrilátero do entorno da Catedral Metropolitana de Ribeirão Preto. A votação na Câmara aconteceu na sessão do dia 18 de agosto. Mais de 200 pessoas acompanharam a sessão, entre elas, o padre Francisco Moussa, da Catedral, e representantes do Fórum das Entidades de Ribeirão Preto (Ferp), que também se posicionaram contrários à construção de estações de ônibus no local. A prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera, ainda pode optar pelo descumprimento da lei por decreto e entrar com uma ação direta de inconstitucionalidade no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), já que a prerrogativa de legislar sobre o uso e ocupação do solo, como é o caso, é exclusivamente do poder Executivo. Os vereadores apontaram a necessidade de pressionar a prefeita para que mantenha a lei em vigor ou desista de construir nas proximidades ao templo as cinco estações de embarque e desembarque do transporte coletivo.

A construção dessas estações mobilizou entidades e a Câmara Municipal, que criou uma Comissão Especial de Estudos (CEE) para analisar o assunto. O estudo concluiu que o local é impróprio para as construções em questão, pois o tráfego de veículos provoca intensa vibração que, de acordo com análise técnica da Falcão Bauer, seria uma das principais causas para o aparecimento de trincas e rachaduras nas paredes e arcos da igreja. “Hoje, vocês escreveram a página mais bonita da história de Ribeirão Preto. Essa luta não está sendo fácil”, enfatizou o padre em seu discurso. 

Foto: Viviane Mendes

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