
As negociações da greve
Unânimes na decisão tomada em assembleia no dia 30 de março, os servidores da Prefeitura de Ribeirão Preto mantiveram a greve iniciada no dia 24. A proposta da Administração Municipal, que ofereceu abono de R$ 300,00, reajuste em alguns benefícios e a volta do pagamento de 1/3 das férias em dinheiro, foi rejeitada. Na segunda-feira, os servidores passaram o dia na frente do Palácio Rio Branco, em protesto. No fim da tarde, foram recebidos pelo secretário da Casa Civil, Lair Luchesi Júnior. Na terça-feira, uma nova manifestação ocorreu no mesmo local, durante o dia, e na Câmara, às 18h, quando aconteceu a sessão ordinária.
Em nota, a Prefeitura explicou que, juntamente com o abono retroativo a 1º de março, válido também para pensionistas e aposentados, daria um aumento de 6,23% no vale alimentação e na cesta básica nutricional dos aposentados, além da retomada da opção do pagamento dos dez dias de férias em pecúnia.
A proposta, segundo o Executivo, significa um reajuste de até 20% no valor dos salários dos funcionários que ganham menos. Para 937 servidores, o acerto varia de 15% a 20%. Para 5.207, significa uma mudança entre 6% e 15%, bem acima da inflação para mais de 70% dos servidores. A sugestão atendeu, ainda, outras 14 cláusulas trabalhistas priorizadas pelo Sindicato dos Servidores Municipais. Até o fechamento desta edição, na terça-feira (31/03), não houve acordo entre a Prefeitura e os servidores.
Foto: Ibraim Leão