
Racionamento de água
As altas temperaturas registradas em Ribeirão Preto e a baixa umidade do ar elevaram, o consumo de água na cidade de 25% a 30%, segundo, dados do Daerp, gerando desabastecimento em alguns bairros. Jardim Paiva, Alto do Boa Vista, Léo Gomes e Centro já enfrentam o problema. A falta de chuva, os vazamentos e o desperdício por parte da população contribuem para agravar a situação. A Prefeitura de Ribeirão Preto não descarta a possibilidade de racionamento, a exemplo de outras cidades da região.
Em Cristais Paulista, a administração municipal decretou situação de emergência e suspendeu as aulas nas escolas municipais por oito dias devido ao racionamento de água, de até 20 horas por dia. Em Morro Agudo, o controle na distribuição foi ampliado de três para 11 horas ao dia. Já em São Joaquim da Barra, a Prefeitura anunciou multa de R$ 100,00 para o morador flagrado mais de uma vez lavando ruas e calçadas. O valor pode dobrar em caso de nova infração. Em nota, o Daerp, responsável pela distribuição de água em Ribeirão Preto, afirmou que não há escassez de água crônica na cidade e, sim, faltas pontuais. A Organização das Nações Unidas diz que 110 litros de água diários são suficientes para consumo e higiene de uma pessoa. Em Ribeirão Preto, a estimativa é de que se gasta cerca de 280 litros por pessoa.
O órgão tem alertado sobre o uso racional da água e está reformando poços e reservatórios para eliminar rachaduras e vazamentos, evitando perdas. Com investimentos da ordem de R$ 70 milhões na rede de distribuição, o Daerp afirma que, segundo o Instituto Trata Brasil, baixou as perdas de 45% para 23%. Além disso, investe no projeto de automação, que manterá dispositivos de detecção e controle de pressão, principal causa de vazamentos, em todo o sistema.