Revitalização em meio às cinzas

Revitalização em meio às cinzas

Um incêndio em outubro do ano passado adiou o projeto de revitalização dos galpões da antiga Fábrica das Indústrias Reunidas Matarazzo (Cianê), localizado na Via Norte. Além do projeto de revitalização do edifício, o fogo comprometeu a vinda da Faculdade de Tecnologia de São Paulo (Fatec), porém mesmo após o incêndio manteve-se a destinação em debate no Conppac.

Segundo a secretária da cultura Adriana Silva, a prefeitura juntamente aos órgãos interessados, estão analisando as novas exigências e aguardando a entrega do laudo de vistoria.

“A Fatec aguarda informação do Conppac sobre eventual demolição do prédio incendiado para edificação de uma unidade da Faculdade. Agora conseguimos os orçamentos necessários para tramitação da contratação. Assim que contratado as empresas pedem 30 dias para apresentar o laudo. Com ele em mãos vamos apresentar para análise do Conppac”, explica a secretária.


De acordo com o projeto inicial, o prédio iria abrigar o memorial da Fábrica de Tecido Matarazzo, um espaço destinado à Associação de Moradores do Bairro Campos Elíseos, o Arquivo Público e Histórico, a Fundação Instituto do Livro e a Biblioteca Municipal Guilherme de Almeida Prado. Além de espaços destinados a cursos, recepção entre outros.

Adriana explica que é preciso, antes de tudo, enviar o laudo ao Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural (CONPPAC) para que os responsáveis analisem e definam o projeto, já que a Cianê é um patrimônio tombado.

“Desde 2009 quando começamos a projetar a ocupação cultural da antiga fábrica de tecidos Matarazzo/Cianê foram elaboradas várias versões de um mesmo projeto para adequação da proposta em conformidade com o que desejava o eventual patrocinador, mas sempre mantivemos os mesmos equipamentos - Arquivo, MIS, Biblioteca, Casa da Memória Café com Açúcar entre outros”, comenta.

Segundo os valores descritos no projeto de revitalização da Cianê, a Secretaria da Cultura já arrecadou R$4.500.000,00 para a instalação da Biblioteca Parque no local, dos quais R$3.600.000,00 vem do Minc e R$800,00 mil da Prefeitura.

              

Apesar do bom resultado, Adriana revela que é necessário captar R$9 milhões de reais. “Sobre a instalação da biblioteca estamos concluindo o convênio para autorização do repasse do recurso e início da obra. Já o valor de R$9 milhões que ainda precisamos, podem ser destinados por meio da Lei Rouanet para restaurar a parte restante”, comenta.

A secretária acrescenta que a população pode ficar tranquila, pois a revitalização irá acontecer ao seu tempo. “Mesmo que por fases e não de uma só vez, o prédio será devolvido à comunidade para uso cultural e educacional”.

O prédio que corresponde à antiga Fábrica das Indústrias Reunidas Matarazzo, funcionou de 1945 a 1981. Em agosto de 2010, a Secretaria da Cultura tombou a Cianê como patrimônio cultural de Ribeirão Preto. 

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Texto: Pâmela Silva
Fotos: Julio Sian

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