Atleta Cidadão
Alcides Fonseca Júnior
13 Out 2016 14:18
Passados os primeiros jogos sob o comando do senhor Adenor Leonardo Bacchi, o Tite, temos a impressão de que os resultados positivos superaram, de longe, nossa expectativa para esse momento inicial, onde o planejamento ainda está sendo formatado e o andamento dos jogos não permite erros.
As quatro vitorias seguidas que a Seleção Brasileira de Futebol construiu na disputa das Eliminatórias Sul-americanas para a Copa da Rússia – 2018 nos remete a um pequeno estudo da intervenção provocada com a chegada do novo técnico no comando da equipe “Canarinho”.
Sabemos que o futebol é descrito como um esporte complexo, cheio de nuances e que pode, a qualquer momento, fazer uma surpresa para os palpiteiros de plantão - principalmente quando um time de menor potencial vence um concorrente maior em vários quesitos.
No entanto, em virtude da velocidade do resultado, quando comparado ao que tínhamos anteriormente, vê-se, nitidamente, o dedo do treinador, que provavelmente tratou, antes de qualquer atividade esportiva, de cuidar do cidadão para depois lidar com o atleta.
Hoje em dia, quando abordamos a ética esportiva, fica evidente que utilizamos o “Fair Play” para explicar uma nova conduta nos jogos, mesmo com qualquer resultado, impondo um equilíbrio no comportamento emocional para todos os momentos da partida, independentemente de estar ganhando ou perdendo.
Nesse sentido, Tite, o comandante em chefe, deve ter caminhado no sentido de se fazer entender, apresentando aos seus atletas uma proposta de cidadania ajustada aos ditames comportamentais que antecedem o jogo.
Ao tratar todos os atletas na compreensão das diferentes personalidades do grupo, o técnico fez da transparência de atitudes (em todos os sentidos) do trabalho sua principal arma no trato desse grupo de atletas especiais, que necessitavam de um líder simples, com seu viver tão agregador.
Nas diferenças, eles descobriram as igualdades que podem muito bem serem descritas no mundo midiático como: #tamojuntoemisturado.
Tá explicado?
