Começou a temporada da caça ao técnico

Começou a temporada da caça ao técnico

Amigos do futebol, nesta semana aconteceu a primeira mudança no comando técnico dos clubes brasileiros que disputam a série A do futebol, dando início a um sem fim de trocas que ainda estão por vir. Assim como no ano passado, a troca de comando começou exatamente entre a segunda e a quarta rodada: o Grêmio Porto-Alegrense liberou Felipão; o Fluminense trocou Ricardo Drubscky e o Flamengo mandou embora Wanderley Luxemburgo.

A forçada saída de Murici Ramalho do Flamengo, por problemas de saúde, dando a impressão que sua parada será por um bom tempo, mostra o quanto são desgastantes as atribuições e responsabilidades deste cargo elementar no ambiente futebolístico.  

Daqui a pouco, em tempo bem próximo, os clubes que competem neste campeonato tão longo e cansativo, começarão a trocar os seus treinadores, em função, é claro, dos maus resultados obtidos nos últimos jogos. Independentemente se as derrotas foram justas ou injustas, muito menos se as justificativas apresentadas pelos técnicos foram convincentes. Como já dissemos aqui no Regra 18, parece que o comandante de uma equipe precisa, mais que nunca, conquistar apenas um objetivo: vencer o próximo jogo.

Muita calma nesta hora, eu diria.  É certo que, às vezes, um novo líder tem que ser contratado, e, para tanto, os dirigentes têm que saber muito bem quais são as qualidades, experiências e os conhecimentos que o próximo técnico deverá ter.   

Será preciso que o contratante saiba “a priori” tudo que seu time possui, as virtudes e os defeitos, as vantagens e as desvantagens, assim como o limite técnico do elenco e da sua capacidade orçamentária, para sair em busca de um profissional já enquadrado no perfil estabelecido e identificado no planejamento estratégico instituído pelo clube para esta temporada.

É obrigatório encontrar em seu método de trabalho as opções táticas que lhe são mais agradáveis; os procedimentos na elaboração e execução dos treinamentos básicos e específicos; a atenção dispensada para o preparo do jogo; seu modo de entender a estratégia tática do próximo adversário; isto entre outras capacidades indispensáveis.

São várias as trocas de comando que os clubes fazem. Mudanças que nem sempre contribuem para diminuir os problemas, pois, se as vitórias não vierem, o clube terá então que rever, o porquê mudou, como e quando fez a troca.

É importante relatar que, nos últimos treze anos, período da existência deste novo modelo de regulamento, são poucos os clubes que levantaram a taça fazendo trocas de técnicos.  Entre os times campeões, onze contaram com os trabalhos profissionais de um técnico no comando do time, no decorrer da campanha vitoriosa. O próprio Muricy Ramalho é o maior campeão brasileiro, com quatro títulos, sendo três seguidos pelo São Paulo (2006, 2007 e 2008) e um pelo Fluminense (2010). E o fato de trocar de técnico, por si só, não significa melhoria. Dos quatro times rebaixados ano passado, Vasco, Goiás, Avaí e Joinville, todos mudaram de comandantes durante o campeonato e mesmo assim, caíram.

Muito bem. Sugiro que você, caro leitor, se coloque agora na posição de dirigente, com todos os poderes para a contratação de um técnico para sua equipe. Elabore um plano de ação para a execução desta difícil tarefa.

QUEM, COMO E QUANDO contratar?

Boa sorte!

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