Educativo Português

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A comemoração portuguesa pela vitória de 1 a 0 sobre a anfitriã França, na final da Eurocopa, foi marcante. O jogo foi decidido com um gol de “Ederzito” ao 4 minutos do segundo tempo da prorrogação. Finalmente Cristiano Ronaldo pode brindar a retumbante vitória de Portugal, após 12 anos da amarga derrota em casa para Grécia, em 2004.

Além deste gol, outros importantes fatos ocorreram no decorrer da peleja, para que os Lusos festejassem com muito entusiasmo. Perder Cristiano Ronaldo, o principal jogador da sua esquadra, que foi substituído aos 24 minutos do primeiro tempo, por contusão; bloquear as chances de gols criadas pelos franceses; impedir que Griezmann, artilheiro e o melhor atleta do torneio marcasse mais um; resistir bravamente aos últimos e extenuantes minutos da prorrogação.

Mais do que nos lembrarmos da celebração, faz-se necessário, para dar sentido a uma conquista de tamanha envergadura, encontrar as justificativas técnicas para tal fatura.  Não basta apenas dizer que nestas competições rápidas, com muitos grupos e poucos jogos, nem sempre o “melhor” time vence.  É exatamente neste viés que as competições dos esportes coletivos, de tiro curto, podem ser decididas.

Como então compreender que um país tão apaixonado por futebol e que somente agora, depois de 15 edições, consegue chegar ao ponto mais alto do pódio e ao sonhado titulo?

Para fechar o grupo de atletas convocados o campeonato, os portugueses, não se preocuparam com idade, já que encontramos jogadores de 18 a 38 anos. Também não se preocuparam com o local de nascimento, pois, havia portugueses europeus e portugueses africanos, convivendo naquele gostoso ambiente de competição internacional.

Eles, com certeza, foram buscar em seus relatórios e arquivos um quesito em destaque: ter passado pelas categorias de base da seleção portuguesa. Entre os 23 selecionados oficialmente, 20 atletas já haviam disputado competições defendendo as cores de Portugal. 

Talvez, estes dados possam nos mostrar os motivos e as razões para a marcante e histórica vitória de nossos descobridores. Talvez, lá, não como cá, eles “devem” ter um ótimo planejamento para a formação dos atletas no início das suas carreiras, impondo-lhes os treinamentos educativos, as observações pertinentes ao esporte ligado à cidadania e ao comportamento. Talvez, lá, eles ofereçam algo melhor do que oferecemos cá, e isto pode ter sido o diferencial desta sonhada conquista.

Na formação, um sentido pra vida. Na educação, um caminho seguro.

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