Eficaz ou eficiente?

Eficaz ou eficiente?

No exato momento em que o Sr. Márcio Henrique de Gois, o árbitro, apitou, apontando para o centro do gramado, para encerrar a partida em que o Botafogo FC venceu por 1 a 0 o Mogi Mirim, no jogo de estréia do campeonato brasileiro da série C, podia-se ter duas impressões para o mesmo resultado: a vitória do tricolor foi ótima, mas, o desempenho foi péssimo.

Esta sensação, no âmbito esportivo, permite que, quando os técnicos são questionados sobre a eficiência ou não da sua equipe, todos parecem afirmar que "jogar mal sim, mas, ganhar o jogo tem mais importância.”

Ao responder desta forma parece que, nas entrelinhas, temos um profissional na defensiva, que não se importa com o baixo nível apresentado por sua equipe, focando no resultado, a única explicação para o que aconteceu durante o jogo. Além de apresentar desculpas e até evasivas, para justificar uma atuação tão ruim, tão sem graça.

Por vezes, as declarações estão viciadas, devido às recorrentes situações semelhantes que vêm ocorrendo com seu time ou descrevendo outra equipe que tenha passado pela mesma situação, mas que conseguiu se recuperar, melhorar seu desempenho e lutar pelo título.

O que entendemos no futebol é que este poderá ser o melhor momento para uma comissão técnica implantar uma força tarefa, no intuito de corrigir os erros observados no jogo e durante a temporada. Erros que foram assimilados, mas que agora não ficarão impunes ao tratamento intensivo a que serão submetidos.

As correções e as chamadas de atenção, quando abordados imediatamente após uma vitória, podem, muito bem, serem digeridos com facilidade, pois os jogadores se encontram empolgados e motivados com a conquista. É neste momento que não se deve deixar o pensamento de que a vitória está acima de todos os outros objetivos.

Nas observações e palestras que serão realizadas no pós jogo, o técnico tratará dos erros que foram de ordem técnica e nas ações táticas. Suas cobranças tendem a descrever um conjunto de melhorias e acertos a serem preparados e treinados para o próximo jogo.

Eu só espero que este tipo de contingência não seja tratado como regra e, sim como exceção. Que não adotem como método de trabalho que é melhor jogar mal e vencer, do que jogar bem e ganhar.

Portanto, este é o caminho indicado para uma equipe que se enquadra nesta situação esportiva, que venceu um jogo sem convencer os torcedores, jornalistas e interessados presentes, que testemunharam o acontecimento.

Se por acaso você esteve presente no jogo em que a sua equipe atuou desta forma, mantenha-se atento.  Não se esqueça porém, que chegará uma partida que seu time perderá, mesmo jogando bem.

Coisas do futebol. 

Assunto para ser abordado um outro dia... Aguardem.

Foto: Rogério Moroti

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