Foi só uma derrota

Foi só uma derrota

O futebol feminino brasileiro tinha como objetivo principal conquistar, jogando, a tão sonhada medalha de ouro, nos jogos olímpicos Rio 2016.

Para tanto, a equipe se preparou desde 2014, vivendo em permanente regime de concentração e processo de treinamentos. Fez jogos amistosos e participou de competições oficiais buscando as metas necessárias para disputar o evento esportivo que estaria por vir.

Todo planejamento foi desenvolvido e executado à risca, permitindo que a Comissão Técnica analisasse e escolhesse, com segurança, as 18 atletas que nos representariam nos jogos olímpicos.

Desde o início da disputa, agora em agosto, as nossas meninas foram indicadas como as favoritas e protagonistas desta competição realizada aqui no Brasil e que mal havia começado.

O torcedor brasileiro, que é muito especial, principalmente quando seu apaixonado time faz uma ótima sequência de vitorias, tende a acreditar que tudo é possível e que sua equipe é simplesmente, a imbatível.

Mas, às vezes, é preciso lembrar que nos esportes coletivos, assim como na vida, os tropeços podem acontecer, as adversidades podem surgir, nos obrigando a conviver para o bem ou para o mal com as derrotas.

Estas derrotas não podem provocar um mal maior quando acontecem em momentos decisivos ou eliminatórios. Perder nos pênaltis, que faz parte do processo, não impede que o time se recomponha superando este momento ruim e se encaminhado pra os bons momentos futuros: as vitórias.

A pior de todas as derrotas é aquela que vem recheada de estigmas, de mazelas e daquelas consequências que podem (e irão?) interromper um planejamento anteriormente elaborado.

A derrota que nosso futebol feminino teve nas semifinais olímpicas não deve alterar o curso dos acontecimentos, muito menos interromper a programação desenvolvida para este esporte, que não conta com o apoio das principais instituições públicas e privadas.

Nós todos também somos responsáveis por incrementar o crescimento desta modalidade tão amada pelos brasileiros, independentemente do gênero em que é jogado.

Afinal, estamos entre as quatro melhores seleções e concorreremos à medalha de bronze!

Sabemos que ganhar é muito gostoso, muito legal, mas também sabemos que as derrotas existem e devem ficar lá naquele lugar, quietinha em silêncio e sem muito comentário. 

Falar o quê? Foi só uma derrota.

Compartilhar: