MUITOS SONHOS - 19 REALIDADES
Alcides Fonseca Júnior
24 Ago 2016 16:02
Sim, 19 sonhos foram transformados em realidade, mexendo com o nosso viver e instigando nossa imaginação para tentar entender os motivos pelos quais os atletas se meteram naquela “enrascada”, em busca das desejadas medalhas da Rio 2016.
Alguns deles, que não tinham seus nomes destacados em sua modalidade e sem resultados positivos nas competições oficiais que participavam, lutaram muito para chegar lá. Outros, já maduros e experientes, com muito empenho e determinação, também lá chegaram.
A cada medalha, uma história - todas elas recheadas de detalhes peculiares e pessoais. Uns citando as dificuldades desde a infância, como a pobreza, a miséria e o preconceito, e, mesmo assim, se mantiveram vivos por meio do esporte.
Outros, não passaram por essas adversidades, mas também tiveram perrengues na vida: derrotas inesperadas, contusões, incansáveis sessões de treinamentos e os longos períodos de concentração distante da família.
Venceram em modalidades que mal conhecíamos, nos levando a procurar na internet as regras e os fundamentos daquele esporte, mantendo-nos antenados e vidrados com as disputas que eram realizadas de manhã, de tarde e de noite.
Quando, no momento de receber a medalha, já postados no seu lugar do pódio, demonstraram aqueles sorrisos maravilhosos de realização e superação. Este sim, talvez seja o verbo que melhor traduz a vida dos desportistas de alto rendimento: superar o adversário e a si mesmo.
Você reparou que cada atleta brasileiro que subia naquela estranha escadinha de três lugares parecia com alguém que nós conhecíamos? Reparou semelhanças da vida dele com a nossa? Que também foi cheia de superações, de obstáculos ultrapassados e de um reanimar constante?
As medalhas, sete de ouro, seis de prata e seis de bronze, foram conquistadas de todas as formas. Na piscina e no mar, na areia e na quadra, com a vara e com o remo, com saques e cortadas, com gols e pênaltis, com socos e golpes, atirando e acertando na mosca.
São descendestes de asiáticos, africanos e europeus, oriundos das diferentes regiões do país, confirmando a grandeza do nosso território e nossa marcante miscigenação.
Um mesmo falar com variados sotaques, um mesmo viver de variados modos. Impondo ao mundo nossa mais importante e marcante informação genética: um DNA chamado viver em alegria, sempre.
Acompanhar as decisões pela televisão foi muito interessante, pois nos deu a sensação de estarmos presentes e fazendo parte daquele jogo, do set e da luta que assistíamos, no tradicional e conhecido jeitinho brasileiro.
Nossa! Puxa vida! Passou tão depressa. Mas, foi marcada com a inesquecível cerimônia de encerramento, trazendo mais uma vez nossas cores, nossas caras, nossos sons e nosso povo, convidando a todos a participarem, daqui a quatro anos, em Tóquio no Japão, das 32ª Olimpíadas Modernas.
Entendemos sim. Valeu meninas. Valeu meninos.
#arigato.
