O dia depois da Sevandija

O dia depois da Sevandija

Antes mesmo que os resultados finais produzidos pela Operação Sevandija sejam oficializados, o esporte de Ribeirão Preto já sofreu alguns impactos, visto que, pela primeira vez, a cidade deixou de participar dos Jogos Abertos da Juventude 2016, que foi realizado na cidade de São Bernardo do Campo.

As consequências podem ser negativas, uma vez que a Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude, a SELJ-SP, levará o caso a julgamento - procedimento obrigatório - podendo penalizar a cidade, banindo Ribeirão Preto das tradicionais competições esportivas do próximo ano.

Nos Jogos, a delegação do nosso município participaria de todas as 15 modalidades, com equipes femininas, masculinas e mistas, atendendo obrigatoriamente às regras tradicionais de cada esporte, dentro dos limites máximos da modalidade, categoria, idade e sexo.

Nesse sentido, se faz necessário dizer que, para conquistar o direito de participar dos Jogos Abertos, a cidade tem que disputar os Jogos Regionais do Interior, evento esse que ocorreu em Barretos no mês de junho.

Podemos entender, portanto, que os atletas, nossos representantes, estavam treinando e se preparando desde o início do ano - no mínimo. Sabemos também que existem algumas modalidades com atividades esportivas e em processos de treinamentos desde o ano passado.

Numa sequencia lógica, a competição, para efeito de planejamento, é o ápice dos treinamentos, se encontrando exatamente no final do que foi programado e executado, atuando como que um vestibular para os jovens atletas atingirem mais uma etapa na sua preparação individual e/ou coletiva.

O que fazer agora? Onde reclamar? Com quem falar? A quem procurar?

São as perguntas que cada atleta tem todo o direito de fazer neste momento difícil, mesmo sabendo que as “justificativas” que serão apresentadas não lhe possibilita a recuperação do tempo perdido e daquele período de treinamento que foi jogado fora, muito menos de serem atletas. Sem competição, sem atleta.

Pior ainda é lembrar que no ano passado a Prefeitura Municipal e a Secretaria de Esportes de Ribeirão Preto decidiram não sediar os Jogos Abertos faltando apenas alguns dias para sua realização, sem o menor pudor e respeito aos seus próprios atletas, seus familiares e a sua população. Esse fato, em meu entendimento, poderia ser comparado a um pai que não leva seu filho à escola simplesmente por que não quis.

Resta-nos, então, acreditar que um dia algo vai mudar e que em breve os mandatários de uma cidade sintam a necessidade de cuidar dos nossos atletas como cuidamos dos nossos filhos, oferecendo um novo modelo de inserção, de integração e de liberdade por meio do esporte, que a cada dia ocupa lugar de destaque na nossa vida social e cultural, das artes e, é claro, da família.

Por que não? Depende do seu voto!

 

Compartilhar: