O Natal em verde e amarelo
Com os resultados conquistados nos últimos seis jogos, a liderança isolada no grupo das eliminatórias e o com passaporte carimbado para a Copa do Mundo Rússia 2018, a Seleção Brasileira de Futebol, pode, com certeza, comemorar nas tradicionais festas natalinas (e de final de ano) sua recuperação no cenário mundial.
Neste período, o time de Tite foi praticamente submetido a um interessante modelo de trabalho que trouxe esse resultado tão impactante e muito empolgante, por sinal. Os dados estatísticos igualam este momento com outra época única da seleção: “Pátria de Chuteiras”.
Em 1969, com o comando do jornalista João Saldanha, a equipe também conseguiu vencer seis jogos seguidos, classificando-se para a Copa de 1970 – aquela, em que tínhamos um timaço e, fomos campões mundiais.
É claro que as comparações que transitam de um século para o outro, numa vibe esportiva, podem provocar distorções no entendimento dos fatos. Naquela época era assim, agora é assado.
Sim e não. O “sim” se dá pelo fato das comparações serem do mesmo esporte, que é regido pelas 17 regras elaboradas lá no começo do século XX. Nessa modalidade, chamada de esporte de oposição, as intenções dos meio-campistas ofensivos e os atacantes continuam naquele tradicional propósito de enganar os defensores do time adversário.
Já o “não” tem razão quando citamos as mudanças nas habilidades físicas, técnicas e táticas, que fazem o futebol de hoje e que são explicadas com frases diferentes. Só para exemplificar, hoje, os comentaristas esportivos falam em marcação alta. Em outra época esta ação tática era tratada de - marcar o adversário na saída de bola.
O que importa é que nesse curto espaço de tempo que a Seleção se recuperou, ficamos com a sensação de que o futebol brasileiro deixou de lado os péssimos resultados de muitos anos, trazendo, de novo, algo que há muito não acontecia: voltarmos a curtir, com muito prazer, os jogos da seleção.
Valeu a pena esperar. Parabéns Tite, feliz natal e ótimo ano novo.