OS NÓS DE TITE

OS NÓS DE TITE

Amigos do futebol, amantes do esporte.  A responsabilidade que o cargo de técnico da seleção brasileira impõe ao Sr. Adenor Leonardo Bacchi, o Tite, indica que ele, no desenvolvimento do seu trabalho, poderá influenciar em três vertentes, para mais ou para menos, o que acontece no nosso futebol atualmente.

Compreendemos que Tite tem ótimas possibilidades de conseguir, no campo, os resultados positivos esperados por todos nós. Tendo como mote principal, conforme sua primeira entrevista coletiva, classificar nosso escrete canarinho para a Copa do Mundo da Rússia, mantendo a benesse de ser a única seleção a disputar todos os mundiais.

Para tanto, o gaúcho de Caxias do Sul, irá lançar mão de toda sua experiência, seu conhecimento na execução das suas propostas técnico-táticas.  Tite demonstrou essa competência nestes últimos anos à frente do Sport Clube Corinthians Paulista.  Time em que ele detém vários recordes, além, é claro, os dois títulos mais importantes que o clube mosqueteiro conquistou: a Libertadores de América e o titulo mundial de clubes, ambos em 2012.

Um técnico de futebol profissional, quando no comando de uma seleção nacional, terá a oportunidade, única nesta profissão, de contar com os atletas que mais o agradam. Poderá convocar jogadores que se enquadram perfeitamente nas suas convicções táticas, advindas dos muitos anos de trabalhos.

Ele pode formatar toda a programação de trabalho, adaptado às obrigações pertinentes à disputa da classificação nas eliminatórias sul-americanas. Os jogos serão retomados no inicio do mês de setembro, com duas rodadas difíceis. No dia 02, sexta-feira, nosso time verde-amarelo enfrentará o Equador, segundo colocado, em Quito.  Na terça-feira, dia 06, será a vez de jogar contra a seleção colombiana, em Manaus, na Arena Amazônia.

 O tempo disponível para esta retomada, 75 dias, é suficiente para que o novo chefe implante toda sua metodologia de trabalho, na tentativa de dar vida e brilho à seleção.  Para isso, deverá impor seu perfil de comprometimento, respeito a todos e responsabilidade de equipe para atingir os objetivos de trabalho e resgatar nosso verdadeiro futebol, como sempre fez e falou em todos os clubes que trabalhou. Vejo um sinal verde para o cumprimento desta meta.

No segundo quesito, observo uma possibilidade menor de influencia do treinador na  “detecção, seleção e captação de talentos esportivos” para as categorias de base.  Isto poderá acontecer através da execução de um programa de treinamentos específicos para os jogadores escolhidos para representar o Brasil nas competições oficiais.  Teremos então um sinal amarelo neste eixo.

Um sinal vermelho é indicado para o terceiro eixo, que trata da possibilidade do trabalho do nosso novo treinador conseguir influenciar ou mudar os descalabros, os erros administrativos e financeiros a que foi submetido o nosso esporte “paixão nacional” pelos nossos dirigentes, principais responsáveis por esta situação ridícula que estamos vivendo.

E já que estamos automaticamente autorizados a passar pelo sinal verde, vou acelerar o meu carro para chegar logo em casa e me preparar para assistir os próximos jogos do Brasil.

Mas, se por acaso e por alguma razão desconhecida nosso treinador conseguir desatar os outros nós e promover alguma mudança positiva nos sinais amarelo e vermelho, a comemoração será maior ainda.

Ah.  Sim, fiquem tranquilos, pois, vou convidar os amigos e os parentes a curtirem comigo a volta futebol brasileiro ao topo da pirâmide, lá naquele lugar onde só pode habitar quem for pentacampeão mundial. Nós.

Eu acredito. E você?

Compartilhar: