Que campeonato é esse?

Que campeonato é esse?

Para nós, brasileiros, que gostamos muito de futebol, um torneio deve ser tratado com muito cuidado e atenção, pois damos uma conotação mais romântica, meio que geográfica, arriscando um viés politico, justificando uma preferência por este ou por aquele time.

A Copa do Brasil é, para os clubes pequenos, a única chance de serem percebidos enquanto sua própria importância, pois mesmo sendo - pequeno no entendimento esportivo, o referido time poderá atingir patamares e resultados nunca antes imaginados no ambiente da modalidade.

De norte a sul, e de leste a oeste, os clubes se fazem presentes no torneio, o que permite jogos com muito desequilíbrio financeiro entre os concorrentes, mesmo que, às vezes, a “diferença” não seja percebida no resultado final do jogo. Numa partida propriamente dita, ter mais recursos não significa necessariamente, estar mais próximo da vitória.

Quando usamos – metaforicamente - a expressão de “a competição mais democrática do país”, fazendo uma alusão à presença de clubes no entendimento politico, parece mesmo ter sentido a analogia compreendida na frase.

No ano que vem o torneio contará com a participação de 84 clubes, contemplando os 27 Estados da União numa distribuição de ordem técnica, com sistema de eliminatória simples (mata-mata), em partidas de ida e volta, em conformidade com as normas que estão descritas no Regulamento Específico da Competição (REC).

Entre as regras uma em destaque faz toda a diferença, já reportada aqui no blog, indica no Capitulo IV - Sistema de Disputa, no Artigo 13 e paragrafo 2º, a vantagem de “maior número de gols pró no campo do adversário” no caso de igualdade de pontos ganhos ao final dos dois jogos.

Nessa última quarta-feira, dia 19 de outubro, foram realizados os jogos de volta das quartas de final. Para surpresa geral dos torcedores paulistas, nossos três representantes estaduais deram adeus à referida competição. 

Jogando em sua magnifica Arena Allianz, o Palmeiras foi embora ao empatar com o Grêmio-RS; em Belo Horizonte o Corinthians dançou, pois perdeu feio para o Cruzeiro; e fechando o passeio turístico, o Santos deu um tchau ao perder para o Internacional-RS, lá em Porto Alegre.

Parafraseando algo comum nos meios de comunicação que indicam o futebol como “preferência nacional”, a Copa do Brasil talvez sirva muito bem para melhor compreendermos o sentido de “competição democraticamente nacional”.

Será?

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