As respostas de Messi

Alcides Fonseca Júnior

29 Jun 2016 19:36

Amigos do futebol, amantes dos esportes.  No momento em que o árbitro brasileiro Heber Roberto Lopes, trilhou o apito, autorizando a execução da penalidade máxima que seria batida pelo argentino Lionel Messi, nenhum de nós imaginávamos a tragédia a que seriamos submetidos.  O atacante argentino não converteu em gol sua cobrança e o que se viu depois disto foi algo difícil de ser explicado e, praticamente, impossível de ser entendido. 

Sua equipe foi derrotada mais uma vez pelo Chile, na final da Copa América Centenário, por 4 x 2 nas penalidades, após um empate em 0 x 0 no tempo normal de jogo. O bicampeonato da equipe chilena demonstra o bom momento que o futebol do Chile vive novamente. Com certeza, o país voltou a ser uma das potências futebolísticas da América do Sul.

Mas voltemos ao craque. Imaginemos então, um de nós presente num tradicional encontro de amigos no pós-jogo, para comentar os acontecimentos e as jogadas que foram destaques da partida. No decorrer da discussão, poderíamos sair das explicações e percepções que tivemos do pênalti errado, partindo em busca de outro entendimento dos fatos, nos levando a pensar primeiro nas respostas antes mesmo de termos, sequer, elaborado as perguntas.  

Como pode tão poderoso atacante perder tamanha chance?  É uma pergunta que poderia abrir o infindável mundo dos questionamentos, que gostaríamos de ter para tentar compreender os eventos ocorridos.

Foi um erro técnico? Ele estava cansado ou desgastado? Houve algum desequilíbrio na hora da batida? Um escorregão? Algo o atrapalhou? O que aconteceu com o destacado atleta que vinha tendo excelentes atuações nesta importante competição? 

Penso que não seria difícil responder a estas perguntas apresentadas, mas eu focaria o meu questionamento para outra interpretação, que veio a tona na entrevista coletiva concedida por Lionel Andrés Messi informando que estaria se despedindo da sua seleção e que não vestiria nunca mais a honrada camisa número 10 da Argentina. 

Ele, o grande Messi, muitas vezes escolhido com méritos, como o melhor jogador de futebol do mundo; tendo conquistado vários títulos com seu clube, o Barcelona; sendo o artilheiro em várias competições de âmbito internacional; neste momento, se encontrava visivelmente assustado e abatido.

Como pode um atleta tão controlado e seguro, se sentir tão vulnerável e acuado por ter perdido uma ótima oportunidade de marcar mais um gol importante?

Estaria ele preparado somente para o acerto?  Ele não tinha o direito de errar?

Qual era a pressão que ele estava vivenciando no momento da batida?

Enfim, para ele que é um dos mais destacados jogadores de futebol da sua época, teríamos muitas perguntas a fazer, mas, talvez, nem ele saiba respondê-las.

Erga a cabeça, compañero.

Avante La Pulga!