Seja único!

Seja único!

As ideias são nascentes de novos negócios, tendo como fonte a inovação e o intelecto humano.

“Nenhuma autoridade consegue prescrever em termos concretos como ser inovador, pois cada inovação é original e única” (Peter Thiel).

 

Momentos de introspecção são necessários para evolução dos negócios e trajetória profissional. 

 

No âmbito corporativo, os velhos projetos podem não surtirem os mesmos efeitos de outrora ou mesmo serem insuficientes para uma almejada expansão do negócio. 

 

É necessário uma visão holística e o desenvolvimento de virtudes como engajamento, cooperação, e respeito as individualidades, sem, por óbvio, descurar do aperfeiçoamento profissional das equipes. 

 

As ideias devem ser criadas dentro de um contexto e ter o condão de serem provocativas no enfrentamento do problema. 

 

Não obstante, o fato do aprendizado no empreendedorismo ocorrer de forma prática, abastecer o seu cérebro com conteúdo é vital para sua mente e prosperidade dos seus negócios. 

 

Neste contexto, “De Zero a Um" de Peter Thiel é um livro que defende a inovação radical como a chave para criar novos mercados e superar a concorrência. O autor argumenta que os monopólios são bons para a economia e para a inovação. Thiel também enfatiza a importância de ter uma equipe comprometida. Se você busca criar algo novo e único, este livro pode ser uma fonte de inspiração. 

 

O ato de criação é singular, assim como o momento de criação. O resultado é algo original e estranho. Sob este viés, seleciono os seguintes trechos da obra: 

 

“Se você faz o que nunca foi feito e consegue fazer melhor do que qualquer um, tem um monopólio — e qualquer negócio só é bem-sucedido na medida em que é um monopólio. Mas quanto mais você compete, mais se torna parecido com todo o resto” (THIEL, 2014, p. 64). 

 

“Os humanos não decidem o que irão construir escolhendo em um catálogo cósmico de opções previamente apresentadas. Pelo contrário, ao criarmos novas tecnologias reescrevemos a história do universo” (THIEL, 2014, p. 08). 

 

“O próximo Bill Gates não criará um sistema operacional. O próximo Larry Page ou Sergey Brin não desenvolverá um mecanismo de busca. E o próximo Mark Zuckemberg não fundará uma rede social”. (THIEL, 2014, p. 08) 

 

“A força mais importante de uma empresa nova é o pensamento novo… é isto que uma Startup precisar fazer: questionar ideias já reconhecidas e repensar os negócios do zero” (THIEL, 2014, p. 14). 

 

Para o citado autor o segredo está em não repetir o que já existe. É melhor arriscar com genialidade do que com trivialidade, sob pena de perder sua identidade no mercado e ser aprisionado em decorrência da concorrência. 

 

Neste compasso, o empreendedor disserta: 

 

“A lição para os empreendedores é clara: se vocês querem criar e conquistar valor duradouro, não desenvolvam um negócio de produto indiferenciado” (THIEL, 2014, p. 24). 

 

“Os monopolistas podem se dar ao luxo de pensar em outras coisas além de ganhar dinheiro. Os não monopolistas não podem. Na concorrência perfeita, uma empresa está tão concentrada nas margens atuais que não consegue planejar um futuro de longo prazo. Só uma coisa permite que uma empresa transcenda a luta cruel diária pela sobrevivência: os lucros monopolistas” (THIEL, 2014, p. 29). 

 

Em um mundo cada vez mais competitivo, as empresas precisam encontrar maneiras de se diferenciar e criar valor de verdade, ao invés de apenas copiar ou aperfeiçoar o que já existe. 

 

A estratégia competitiva de qualidade é oferecer o produto que o consumidor deseja adquirir pelo preço que esteja disposto a pagar, sem maior vínculo com a qualidade material de seus componentes de fabricação. 

 

Afinal de contas, como bem explica o empreendedor Thiel (THIEL, 2014, p. 96): “se você inventou algo novo, mas não inventou uma forma eficaz de vendê-lo, possui um mau negócio — por melhor que seja o produto”. 

 

Na nova economia, as pessoas tendem a consumir de forma consciente, contratando serviços e adquirindo produtos de marcas alinhadas aos seus valores pessoais. 

 

Desta forma, as empresas com maior vantagem competitiva são aquelas que investem em um atendimento de excelência, alinhado com os desejos pessoais do seu cliente. Até porque, não se vende hoje apenas um produto ou serviço, mas sim, a sua experiência, o seu valor agregado, perante os consumidores, cada vez mais exigentes e ávidos por novidades e produtos e serviços customizados. 

 

Essas sementes de prosperidade não se aplicam apenas as startups e aos protagonistas dos negócios, como também aos seus colaboradores por meio do intraempreendedorismo, aproveitando-se dos talentos da própria organização para encontrar oportunidades de inovar. 

 

A inovação surge com a melhoria de um produto, processo ou serviço já existente ou a criação de algo novo (forma) que seja absorvido pelo mercado e gere negócio. 

 

Nesse cenário, a tecnologia atua como expressão máxima do ser humano, capaz de imprimir o seu progresso material e intelectual. 

 

Todavia, este insumo não é substituto de trabalhadores humanos e sim uma força motriz capaz de potencializar virtudes e talentos, muitas vezes, em estado latente. 

 

Dentro desta temática, compartilho alguns excertos de "Zero a Um": 

 

“Nenhum lado questiona a premissa de que computadores melhores irão necessariamente substituir trabalhadores humanos. Mas essa premissa está errada: os computadores são complementos para os humanos, não substitutos. Os negócios mais valiosos das próximas décadas serão desenvolvidos por empresários que buscam fortalecer as pessoas, não torná-las obsoletas” (THIEL, 2014, p. 103). 

 

“A tecnologia é milagrosa porque nos permite fazer mais com menos, levando nossas capacidades fundamentais para um nível mais alto” (THIEL, 2014, p. 08). 

 

Portanto, a “tecnologia significa complementaridade” (THIEL, 2014, p. 104). Noutros termos, a tecnologia está centrada no ser humano, como vetor de produtividade e não como substituto. 

 

Sempre tive muita esperança de que, em algum momento da história, a sinergia: da criatividade, pessoas esperançosas, projetos inovadores e disruptivos contribuiria (e muito) para o desenvolvimento social, tecnológico e econômico do nosso país. 

 

Em tempos de crise, renovo os meus votos; seja único, enquanto criador de conhecimentos e riquezas, com propósito de inovar, criar demandas ou seja, a transformar ideias em valor. Future a sua marca!

 

*Foto:  Free-Photos por Flickr (Imagem ilustrativa).

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

THIEL, Peter. De Zero a Um. Trad. Ivo Korytowski. 1ª.ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014.

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