Do Silêncio ao Silício: Projeto pretende levar jovens periféricos para o principal polo de tecnologia mundial

Do Silêncio ao Silício: Projeto pretende levar jovens periféricos para o principal polo de tecnologia mundial

O projeto "Do Silêncio ao Silício" promete construir pontes entre comunidades periféricas e o maior polo de inovação do mundo. Com uma promessa clara de inclusão, a iniciativa enfrenta a realidade de um cenário onde a diversidade ainda é uma questão desafiadora.

Colaboração: Vitória Noventa

 

O projeto foi idealizado pela moradora da periferia de Ribeirão Preto, Danielle Marques, que em 2021 teve a oportunidade de visitar o Vale do Silício durante um momento de transição de carreira. À época a viagem foi concretizada com a ajuda de “vaquinha”. Dos 70 brasileiros que embarcaram nesta jornada, Danielle era a única pessoa negra.

 

Ao retornar para o Brasil surgiu a ideia de criar o Do Silêncio ao Silício, que tem como objetivo tornar o local mais acessível para pessoas negras e periféricas, além de proporcionar networking, experiência e educação que irão acelerar as carreiras desses empreendedores. “Nós aceleramos a carreira de pessoas, pessoas criam negócios e negócios transformar o mundo, nosso objetivo é transformar o mundo uma voz por vez”, completa Danielle

 

A próxima turma do projeto embarca para a Califórnia em abril de 2024. Serão 10 empreendedores que durante 15 dias terão a oportunidade de vivenciar a imersão da StartSe, conhecendo pontos bem conhecidos no Vale, além de terem mentorias e aulas com executivos de grandes players do mercado, como Google e Tesla, visitar a Universidade de Stanford e a região de São Francisco que possui muitas startups.

 

A empreendedora enfatiza a importância da diversidade no mundo da tecnologia. “Mesmo que no Brasil 56% da população seja negra e mais de 53% dos empreendedores brasileiros sejam negros, a representatividade no mercado tecnológico é baixa, com apenas 6% dos criadores de startups pertencendo a essa comunidade”.

 

Os planos para o futuro são de expandir o projeto e dar mais oportunidades para que mais empreendedores negros consigam acelerar suas carreiras. Logo após a viagem, que será realizada em abril, a pretensão é de já iniciar um novo processo seletivo para uma próxima turma. A ideia é de que pelo menos uma turma embarque para os EUA por ano.

 

 

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