Livro de psicóloga de Ribeirão Preto fala sobre como lidar com o luto de mães que perderam seus bebês

Livro de psicóloga de Ribeirão Preto fala sobre como lidar com o luto de mães que perderam seus bebês

Muitas mães carregam em si a dor de perder um filho recém-nascido ou que nem tiveram a oportunidade de conhecer. Como lidar com essa perda, que para muitas pessoas ao redor pode parecer invisível? Como enfrentar e descrever esse vazio de um luto muitas vezes não reconhecido? Para ajudar na sensibilização da população para essas questões, foi instituída a data de 15 de outubro como o Dia Internacional de Sensibilização e Conscientização da Perda Gestacional e Neonatal.

Preocupada com a forma como a área da saúde lida com o luto dessas mães, a psicóloga de Ribeirão Preto Heloisa de Oliveira Salgado lançou o livro “Como lidar com o luto perinatal – Acolhimento em situações de perda gestacional e neonatal”, publicado pela Ema Livros. Escrita em parceria com a obstetra Carla Andreucci Polido, a obra traz uma revisão da literatura científica, relatos de mães e dicas aos profissionais de saúde.

“A experiência de uma amiga que vive no Canadá e sofreu a perda do bebê chamou minha atenção sobre as diferenças entre como o luto das mães é encarado nos hospitais de lá e do Brasil”, conta Heloisa. De acordo com ela, lá existe um protocolo para assistência mais humanizada às mães, com atendimento reservado e a possibilidade de se despedir do bebê, fazer fotos, e receber apoio psicológico e também espiritual. “Foi aí que surgiu a ideia de escrever o livro para auxiliar os profissionais da saúde no Brasil a oferecerem às mães em luto uma assistência mais adequada”, afirma.

A obra propõe a adoção de protocolos e o treinamento de profissionais e equipes para agirem de forma coletiva por meio de um fluxograma humanizado que abranja desde o atendimento na recepção até os médicos da UTI. Além disso, o livro também sugere que as famílias possam permanecer, em um espaço privativo, junto ao bebê nos seus últimos momentos de vida. Outra sugestão é que o hospital faça uma caixa de lembranças do bebê onde possam ser guardadas uma mecha de cabelo, pulseira de identificação, entre outros itens.

O livro está disponível para venda no site da Ema Livros.

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